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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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Chérie, hoje apetecia-me ver... A Walk in the Woods

Hoje venho falar-vos do filme A Walk in the Woods, um filme de Ken Kwapis, que estreou em Portugal em Outubro deste ano, e que foi denominado Por aqui e por ali (sim foi mesmo esta a tradução que fizeram, vá-se lá perceber). Este filme é baseado num livro publicado em 1998 por Bill Bryson, com o mesmo título, no qual o autor relata a sua aventura ao longo do Appalachian Trail, uma caminhada com cerca de 3500km pelos EUA.

Este projecto cinematográfico teve início em 2005, quando Robert Redford anunciou que seria o protagonista da adaptação, na qual contracenaria com Paul Newman. Entretanto Newman faleceu, e a realização foi subsequentemente adiada, tanto que só estreou nas telas de cinema dez anos depois, no festival de Sundance.

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No filme, Redford dá vida a Bryson, um escritor com vários livros publicados acercas das viagens que realizou, e que após alguns anos aposentado decide empreender mais uma aventura: percorrer o Appalachian Trail. A sua mulher, Catherine (Emma Thompson), proibe-o de ir sozinho, pelo que Bryson se dedica à procura de um companheiro de viagem. Após várias recusas, o seu velho amigo Stephen Katz (Nick Nolte) oferece-se para ir com ele e, pouco depois, os dois partem rumo à aventura.

Quando comecei a ver este filme, estava com altas expectativas, tendo em conta os actores envolvidos, e também porque filmes com este tema costumam ser bons e proporcionar grandes momentos aos espectadores, à medida que acompanham os percalços dos protagonistas. Mas a verdade, é que A Walk in the Woods acabou por me deixar um pouco desiludida. É verdade que foram uns 100 minutos bem passados, com dois protagonistas interessantes, belas paisagens, e alguns momentos divertidos. Nick Nolte foi particularmente bom no papel de Katz, roubando, na minha opinião, o protagonismo de Redford. Mas em geral, o filme falhou nos seus propósitos.

A Walk in the Woods.jpg

Houve falta de desenvolvimento das personalidades dos personagens, especialmente de Bryson, e da relação entre ele e Katz. É-nos dada alguma informação acerca das suas aventuras passadas, mas é claramente insuficiente, e ao longo do filme não é muito explorada o restabelecimento da amizade entre ambos. As personagens secundárias pouco ou nada lá estão a fazer, sendo um verdadeiro desperdício de actrizes consagradas como Emma Thompson e Mary Steenburgen. 

Do Appalachian Trail pouco ou nada vimos. Mostram-nos algumas paisagens, mas para quem esperava deslumbramento e imersão na Natureza, o filme pouco mostra. A passagem do tempo não é clara, tanto que quando me apercebi de que já tinham passado meses fiquei estupefacta. A história em si também deixou muito a desejar. Existem segmentos que não fazem sentido, e que estão muito mal articulados. Não existem muitos momentos emocionantes, o que num filme de aventuras é claramente mau. Em suma, tendo em conta que pelo que li, o livro é bastante rico em histórias, piadas e um verdadeiro livro de aventuras, o filme não lhe faz jus. Penso que a culpa será maioritariamente da equipa responsável pelo argumento, assim como do realizador. A Walk in the Woods é um filme que promete muito, mas dá pouco. Fica-se sempre pela superfície, não explorando a fundo nenhum dos componentes que deveria mostrar. E o que mais desilude é que se percebe que haveria muito para contar e aprofundar, mas tal não é feito.

Se me perguntarem se gostei, a verdade é que sim. Apesar destes factores negativos, o filme conseguiu cativar-me, porque acreditei até ao fim que algo de relevante ia acontecer. E porque, nunca tendo visto um filme com Nick Nolte, este conquistou-me desde o primeiro segundo em que entra no filme. Mas a verdade é que, no final, a sensação é de que um filme que levou tanto tempo a fazer tinha obrigação de ser bem melhor, e que lhe faltou algo essencial: alma.

 

Classificação: 5/10

Chérie, hoje apetecia-me ver... The Hunger Games: Mockingjay - Part 1

Em 2008 era lançado o primeiro livro da trilogia The Hunger Games, de Suzanne Collins, tendo recebido em Portugal o título Jogos da Fome. Este seria posteriormente seguido por Em Chamas (Catching Fire), de 2009, e A Revolta (Mockingjay), de 2010. Estes livros tiveram bastante sucesso, pelo que em 2012 estreou a primeira adaptação cinematográfica da saga, com Jennifer Lawrence a interpretar a heroína Katniss Everdeen. A adaptação do segundo livro estreou em 2013 e o terceiro livro, à semelhança de outras sagas de grande sucesso como Harry Potter ou Twilight, foi dividido em dois filmes. Hoje venho falar-vos da primeira parte, sendo que a segunda tem data de estreia prevista para Novembro deste ano.

Antes de mais permitam que vos conte que eu li os três livros, e que acho que o último é precisamente o mais fraco. Não é mau, mas não está de todo ao nível dos anteriores. Assim, quando soube que ia ser dividido em dois filmes deixou-me com sérias dúvidas em relação à qualidade destes da saga, daí ter esperado até agora para ver este. Nesta minha review não vou revelar spoilers para quem ainda não tenha visto este filme, mas para quem ainda não tenha visto os anteriores, talvez seja melhor não ler o resto deste texto. 

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A realização deste filme está a cargo de Francis Lawrence, que já havia sido responsável por Catching Fire, substituindo Gary Ross. É o filme mais curto dos três estreados, contando com apenas 2h, mas mesmo assim estas parecem durar muito mais. Desta vez não temos nenhuma arena de jogos, e a acção decorre principalmente no Distrito 13, que confere uma atmosfera muito mais sombria ao filme. O elenco principal mantém-se, com algumas adições de peso, como Julianne Moore, que interpreta a líder do Distrito 13, a Presidente Coin. 

O filme prossegue do momento onde o anterior nos havia deixado. Katniss é extraída da arena dos Jogos da Fome e transportada até ao Distrito 13. Aí ela reencontra a sua família e a amigos, e pouco a pouco adere à ideia de se tornar no símbolo da revolução para derrotar o Capitólio, o seu mockingjay ou mimo-gaio. Durante este seu trabalho ela apercebe-se uma vez mais da crueldade do Presidente Snow e luta intensamente para o fazer desacreditar junto dos outros distritos, e incentivá-los à rebelião. No entanto, este tem uma arma pela qual ela não esperava...

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Tal como no livro, há um factor que falta neste filme em comparação com os anteriores: o carácter épico do "um contra todos", o sofrimento por Katniss enquanto esta tentava a todo o custo sobreviver fora e dentro das arenas. As cenas no Capitólio são também menos, e senti a sua falta, pois davam um tom extravagante, mas também muito interessante, por representarem o poder político e ditatorial que oprime o povo de Panem. Penso que apesar deste filme ser o mais curto, teve pouca acção, recorrendo a cenas pouco interessantes que conferiram um ritmo lento ao filme. O factor de a fotografia por vezes não permitir uma boa visualização do que está a decorrer também não me ajudou a manter-me sempre atenta ao ecrã, e notei várias falhas no argumento e na forma de contar este capítulo que não me convenceram.

Jennifer Lawrence cativa-nos uma vez mais na pele da sua Katniss, mas houve momentos em que a sua representação me pareceu forçada. Apesar disso, ela é o melhor deste filme que por muito que se tenha esforçado não conseguiu ter em mim o mesmo impacto emocional que os anteriores. Aguardo com alguma expectativa o último filme, por ser o que vai ter a maioria das cenas de acção do terceiro livro, e sempre quero ver como é que vão encerrar esta saga.

 

Classificação: 6/10

Eu sou do tempo em que... se ouvia a Obsesion

Houve uma época em que os ritmos latinos já estiveram na berra. Quando eu era adolescente havia uma música que todos ouviam, todos gostavam e todos cantavam.

Hoje percebo que se calhar não é assim tão tchanan, que não é o hit do século. Mas não me venham dizer que num jantar com os amigos, num convívio casual, isto não cai bem, ora vejam lá o throwback

Tranquilizem-me e digam-me que também cantaram isto. (Ou então digam que não, e humilhem-me só um bocadinho)

Séries da minha vida #12 The Musketeers

Esta série estreou em Janeiro do ano passado e trata-se de uma adaptação do intemporal e imortal romance de Alexandre Dumas, Os Três Mosqueteiros, e que podia tratar-se apenas de mais uma série a contar a já muito conhecida história destes mosqueteiros. Pelo menos foi isso que pensei quando me decidi a vê-la nas férias de Verão do ano passado, mas como se tratava de uma série de época, às quais não resisto, e tinha o selo da BBC decidi dar-lhe uma oportunidade. Bendita a hora em que o fiz.

A acção decorre em França, na primeira metade do século XVII, durante o reinado de Luís XIII (Ryan Gage). Athos (Tom Burke), Porthos (Howard Charles), Aramis (Santiago Cabrera) e D’Artagnan (Luke Pasqualino) são quatro mosqueteiros que lutam “um por todos, e todos por um” para proteger o seu rei e o seu país, e por ideais como a justiça e a honra. Terão de enfrentar várias ameaças e inimigos, entre os quais o manipulador cardeal Richelieu (Peter Capaldi), a misteriosa milady de Winter (Maimie McCoy) e o perigoso conde de Rochefort (Marc Warren).

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The Musketeers é a série de aventuras ideal. Com acção e adrenalina, suspense, vários romances, um tom leve e humorístico, grandes vilões e ainda melhores heróis, que nos mostram a importância da camaradagem e união. Numa época em que muitos dos protagonistas das séries que vemos são também os bad guys, é bom termos de volta os good guys, que não sendo perfeitos, são moral e eticamente correctos.

Como já devem ter percebido, esta é uma série de que gosto muito, quer pelos factores que acima referi, quer pelas histórias, e acima de tudo pelos personagens. Adoro os mosqueteiros, especialmente o Athos e o Aramis, e o casal de reis, com um hilariante Luís XIII e uma romântica Ana de Áustria.

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 Aramis, D'Artagnan, Athos e Porthos

 

Em termos da estrutura da série, a início esta assemelha-se um pouco à resolução de casos semanais, mas a meio da primeira temporada evolui bastante. E na segunda temporada o salto de qualidade é ainda maior, com os episódios a encaixarem numa sequência completa que leva a episódios explosivos e de tirar o fôlego.

Em termos de pontos fracos para mim há dois. O facto de no início da série os episódios não apresentarem muita ligação entre si, e só depois começarem a encadear. E a sequência de abertura. Actualmente já nem me importo de a ver e até a acho divertida, mas nos primeiros episódios passava-a sempre à frente, porque tem um tom um tanto ou quanto ridículo, estilo novela de espadachins.

A série conta actualmente com duas temporadas de 10 episódios cada uma, e já foi renovada para uma terceira temporada, pela qual mal posso esperar.