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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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10 Filmes | Dia da Mulher

Por ser Dia Internacional da Mulher, trazemo-vos uma selecção de filmes, sobre grandes personalides femininas ou com grandes histórias sobre mulheres. Ora vejam: 

 

North Country - (aka Terra Fria), filme de 2005 com Charlize Theron no papel principal e baseado numa história verídica, foi nomeado para dois óscares. Em 1989, Josey Aimes (Theron), regressa à sua cidade de origem, no Minnesota, com os seus dois filhos, após fugir do marido. Volta a morar com os pais, que tal como toda a cidade tem vergonha de si, e acaba a trabalhar na mina de ferro da cidade. Rapidamente se apercebe que as mulheres que lá trabalham, onde ela se inclui agora, são assediadas e vitimas de provocações diárias, decidindo que é necessário fazer algo para mudar a situação. 

 

The Iron Lady - drama biográfico de 2011, ganhou dois óscares. Com Meryl Streep no papel de Margaret Tatcher, a primeira-ministra do Reino Unido que mais tempo esteve no cargo. Vemos a personagem principal já idosa, revivendo os momentos importantes da sua vida, quebrando barreiras quando ao seu género e classe, num mundo dominado por homens. É também uma reflexão face ao preço a pagar pelo poder e uma carreira constantemente ascendente. 

 

The Help - filme dramático de 2011 que retrata a vida das empregadas e amas negras, e em particular das amigas Aibileen Clark (Viola Davis) e Minny Jackson (Octavia Jackson), numa cidade do Mississipi em meados dos anos 60, no advento da era da luta pelos Direitos Civis. O preconceito e racismo por elas vivido da parte das patroas brancas, outrora as crianças que educaram, é o tema principal, sendo que as suas vidas serão profundamente mudadas com o regresso à cidade de Eugenia Phelan, mais conhecida por Skeeter (Emma Stone). Nomeado a 4 Óscares.

 

Philomena - o filme mais recente que se encontra na lista, datando de 2013. Este nomeado aos óscares e conta a biografia de Philomena Lee, uma mulher que procura toda a vida pelo filho que lhe foi tirado enquanto estava num convento de freiras. Philomena, interpretada por Judi Dench, é ajudada contar a sua história ao mundo, por um jornalista que pretende a reportagem de uma vida.

 

Mulan - esta animação de 1998 da Disney, nomeada a um óscar, conta a história de uma lendária guerreira chinesa, Mulan, que se sacrificou a ir para a guerra em vez do pai, para salvar a sua vida. Num mundo de homens, sem qualquer preparação para aquele papel, Mulan terá de dar tudo por tudo para não ser descoberta, ao mesmo tempo que luta pelo seu país e procura orgulhar a sua família. 

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Erin Brockovich - Baseada na vida da mulher que dá nome ao título do filme, aqui interpretada por Julia Roberts, que ganhou o Óscar por este papel, conta a história de uma mãe solteira de três crianças, sem emprego nem dinheiro prestes a entrar em desespero, mas que não desiste de lutar e consegue um emprego numa firma de advogados. Apesar de ninguém a levar a sério, ela inicia uma investigação por sua conta e risco que promete mudar radicalmente muitas vidas, incluindo a sua. 

 

Million Dollar Baby - vencedor do Óscar de Melhor Filme de 2005 e de outros três, este filme de Clint Eastwood dá-nos a conhecer Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), uma mulher que decide dedicar-se ao boxe e que, a muito custo consegue convencer Frankie Dunn (Clint Eastwood) a ser o seu treinador. Contra tudo e contra todos esta dupla irá arrecadar muitas vitórias, muito sacrifício e uma grande perda.

 

Frida - filme de 2002 que retrata a vida da pintora mexicana Frida Khalo. A interpretação é de Salma Hayek e pretende dar a conhecer a tortuosa vida de Frida logo desde a sua adolescência e passando pelo seu casamento com Diego Rivera.

 

The Color Purple - o filme mais antigo da lista, de 1985, realizado por Steven Spielberg, um dos maiores perdedores de sempre da história dos óscares (11 nomeações, 0 vitórias) e que adaptou o livro com o mesmo nome sobre a vida dramática de Celia, uma jovem negra no início do século XX na América, e sobre as muitas provações por que passou, por mais de 30 anos, mantendo sempre a sua coragem e preserverança.

 

Brave - filme animado de 2012, procura dar a a conhecer às futuras mulheres de amanhã o valor da coragem. É nos apresentada a história da princesa Mérida, que sempre foi diferente e queria ter um lugar na vida onde pudesse desempenhar tarefas que apenas estavam destinadas aos homens. Desta forma irá aprender o valor da bravura e coragem que farão dela uma grande mulher. 

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Noticiário Chérie #1 Uma Mulher num Mundo de Homens

Esta semana foi marcada por um vasto conjunto de notícias que assolaram o país e o mundo. No entanto, houve uma em especial que chamou a minha atenção, quer pelos dados que fornecia, quer pelo tema.

O assunto já veio à baila por várias vezes e em vários contextos, mas desta vez vem mesmo a propósito, uma vez que se aproxima o Dia Internacional da Mulher (Domingo dia 8, para os mais esquecidos). O Jornal Público aborda um alerta da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que afirma que serão necessários setenta anos, sim setenta, para que mulheres e homens atinjam uma equivalência salarial. Assinalando o vigésimo aniversário da Declaração de Pequim, onde ficaram estabelecidos os direitos das mulheres, a OIT avisa que “as mulheres continuam a ser confrontadas com situações de discriminação e desigualdade no trabalho”.

Consta neste alerta que as mulheres ganham, em média, 77% do auferido pelos homens. Será verdade? Obviamente não poderemos generalizar, pois existem muitas mulheres que têm remunerações elevadíssimas. Mas serão estes dados reais? Se sim, qual a justificação da diferença? O sexo feminino não trabalha menos, pelo contrário, muitas são as mulheres, senão a maioria, que sai do trabalho e cuida da vida doméstica (26h por semana, segundo as estatísticas). Então se não é uma menor quantidade de trabalho que justifica os -23%, o que é?

Confesso que fiquei indignada, não numa lógica feminista, não é isso que quero passar. Mas o sexo feminino já é tanta vez discriminado por poder engravidar e consequentemente usufruir da licença de maternidade, porquê acentuar ainda mais a diferença? Foram necessários muitos anos para atingir a igualdade que temos hoje, ou melhor, segundo este alerta do OIT, a ilusão de igualdade, pelo menos no campo laboral.

 

Em muitos países europeus, por exemplo, ter um filho tem um efeito reduzido, mas as mulheres que têm dois filhos e, especialmente, as que têm três são fortemente penalizadas em termos salariais, exemplifica a OIT.

 

No entanto, nem tudo é tão negro, e a instituição ressalva que no que respeita à protecção na maternidade, houve melhorias, apesar de ainda existirem 800 milhões de trabalhadoras no mundo que não têm uma correcta licença de maternidade. De ressalvar que há cada vez mais homens a assumir licenças de paternidade mas, segundo os dados, as mulheres continuam a ser as responsáveis pela maior parte dos cuidados familiares, o que limita aqui um pouco a questão da remuneração.

Em Portugal, esta semana o Governo anunciou que irá iniciar negociações com as empresas cotadas da bolsa para que estas incluam um mínimo de 30% de colaboradoras femininas nos conselhos de administração até 2018. Sabe-se também que, no nosso país, as mulheres recebem em média menos 13% que os homens que desempenham as mesmas funções.

Não me queria alongar muito e se calhar já escrevi demais. Mas, tal como a OIT, estou chocada que após vinte anos da Declaração de Pequim ainda tenhamos um caminho tão longo e tortuoso a percorrer, que só será atingido em 2086.

 

E vocês? Ficaram impressionados com a notícia?