Ontem estreou um filme que já tínhamos referido na rubrica “Quero Tanto Ver” – The Theory of Everything. Em português de Portugal, A Teoria de Tudo.
Com Felicity Jones e Eddie Redmayne a dar vida a Jane Wilde e Stephen Hawking, este é um romance dramático e biográfico, do realizador James Marsh. O filme procura contar a história de amor vivida pelas personagens principais – Jane e Stephen – desde que se conheceram em 1963 e durante os trinta anos que o casamento durou. Adjacente a este segmento do romance, encontra-se um pouco da biografia do físico, considerado por muitos como um dos homens mais inteligentes que alguma vez viveu.
Sendo esta uma produção biográfica, a história é conhecida de todos, a palavra spoiler não faz parte do vocabulário, portanto vou contar tudo! Mas assim muito resumidamente…
Começando em 1963, é retratada a forma como Stephen e Jane se conhecem e como a sua história de amor floresce. Entretanto Stephen, que se demonstra um jovem brilhante, está a doutorar-se em Física, vivendo o dilema de não conseguir decidir qual o tema para a sua tese. É mostrado ao espectador que Stephen tem dificuldade em executar alguns movimentos voluntários, apesar de este tentar contrariar a situação. Contudo, de um momento para o outro, o jovem cai e no hospital diagnosticam-lhe Esclerose Amiotrófica, uma doença que apenas lhe garante dois anos de vida e a perda dos movimentos (como falar, andar, comer, etc).
Quando descobre, Jane decide abraçar esta luta que tem claramente subentendida uma derrota. Casam, têm três filhos e vivem felizes durante vários anos. No entanto, a doença de Stephen agrava-se e as dificuldades começam a surgir. Jane e Stephen chegam a um ponto de rotura, sendo obrigados a seguir caminhos diferentes no que respeita ao amor. Porém, ficam grandes amigos (como ainda são hoje, na realidade) e felizes com a família que construíram.
Baseado no livro de memórias de Jane, este filme concorre a cinco Óscares da Academia: Melhor Actor Principal, Melhor Filme, Melhor Actriz Principal, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Banda Sonora. Nos Golden Globes arrecadou o primeiro e o último, e na minha humilde opinião é o mais justo.
Eddie Redmayne tem um papel digno do Óscar! Sem dúvida alguma! Este jovem actor abraça a personagem de uma forma que deixa o espectador perplexo em alguns momentos. A música contextualiza de tal forma a época e a história, que permite ao espectador viver um pouco das mesmas emoções que as personagens estão a viver.
Apesar de justa a nomeação de Melhor Filme, acho que não irá vencer. E pessoalmente não considero que seja o Melhor Filme, sobretudo devido a duas situações. Primeiro, foi pouco explícito que Stephen já tinha a doença antes de cair e ser diagnosticado. Ok, eu percebi o que se estava a passar, e é certo que é dado a entender através de cenas que focam os movimentos do Físico, mas ainda assim acho que devia ter sido melhor trabalhada essa parte. Em segundo lugar, também a relação de Stephen e Jane, na fase casamento/filhos é pouco abordada. Ficamos com a sensação de que soube a pouco, que vimos pouco da felicidade que viveram enquanto jovens.
No entanto, apesar de não o considerar o Melhor Filme do ano, é sem dúvida alguma um excelente filme, que vale a pena ver!
Classificado com 7.8 no IMDb, por aqui atribuímos:
Classificação: 8/10
E vocês? Foram à estreia? O que acharam?