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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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Noticiário Chérie #1 Uma Mulher num Mundo de Homens

Esta semana foi marcada por um vasto conjunto de notícias que assolaram o país e o mundo. No entanto, houve uma em especial que chamou a minha atenção, quer pelos dados que fornecia, quer pelo tema.

O assunto já veio à baila por várias vezes e em vários contextos, mas desta vez vem mesmo a propósito, uma vez que se aproxima o Dia Internacional da Mulher (Domingo dia 8, para os mais esquecidos). O Jornal Público aborda um alerta da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que afirma que serão necessários setenta anos, sim setenta, para que mulheres e homens atinjam uma equivalência salarial. Assinalando o vigésimo aniversário da Declaração de Pequim, onde ficaram estabelecidos os direitos das mulheres, a OIT avisa que “as mulheres continuam a ser confrontadas com situações de discriminação e desigualdade no trabalho”.

Consta neste alerta que as mulheres ganham, em média, 77% do auferido pelos homens. Será verdade? Obviamente não poderemos generalizar, pois existem muitas mulheres que têm remunerações elevadíssimas. Mas serão estes dados reais? Se sim, qual a justificação da diferença? O sexo feminino não trabalha menos, pelo contrário, muitas são as mulheres, senão a maioria, que sai do trabalho e cuida da vida doméstica (26h por semana, segundo as estatísticas). Então se não é uma menor quantidade de trabalho que justifica os -23%, o que é?

Confesso que fiquei indignada, não numa lógica feminista, não é isso que quero passar. Mas o sexo feminino já é tanta vez discriminado por poder engravidar e consequentemente usufruir da licença de maternidade, porquê acentuar ainda mais a diferença? Foram necessários muitos anos para atingir a igualdade que temos hoje, ou melhor, segundo este alerta do OIT, a ilusão de igualdade, pelo menos no campo laboral.

 

Em muitos países europeus, por exemplo, ter um filho tem um efeito reduzido, mas as mulheres que têm dois filhos e, especialmente, as que têm três são fortemente penalizadas em termos salariais, exemplifica a OIT.

 

No entanto, nem tudo é tão negro, e a instituição ressalva que no que respeita à protecção na maternidade, houve melhorias, apesar de ainda existirem 800 milhões de trabalhadoras no mundo que não têm uma correcta licença de maternidade. De ressalvar que há cada vez mais homens a assumir licenças de paternidade mas, segundo os dados, as mulheres continuam a ser as responsáveis pela maior parte dos cuidados familiares, o que limita aqui um pouco a questão da remuneração.

Em Portugal, esta semana o Governo anunciou que irá iniciar negociações com as empresas cotadas da bolsa para que estas incluam um mínimo de 30% de colaboradoras femininas nos conselhos de administração até 2018. Sabe-se também que, no nosso país, as mulheres recebem em média menos 13% que os homens que desempenham as mesmas funções.

Não me queria alongar muito e se calhar já escrevi demais. Mas, tal como a OIT, estou chocada que após vinte anos da Declaração de Pequim ainda tenhamos um caminho tão longo e tortuoso a percorrer, que só será atingido em 2086.

 

E vocês? Ficaram impressionados com a notícia?

Chérie, hoje apetecia-me ver... 22 Jump Street

Pois bem, o fime de que vos venho falar esta semana é uma sequela que estreou no ano passado do filme 21 Jump Street, de 2012, e que por sua vez se baseia numa série com o mesmo nome, de 1987, notória por ter sido protagonizada por Johnny Depp.

Depois desta breve introdução, vamos ao que interessa em todas as sequelas, a resposta à pergunta: "É melhor, pior ou tão bom quanto o anterior?"

Na minha opinião, 22 Jump Street, que em em Portugal recebeu o nome de Agentes Universitários, está quase ao mesmo nível, mas é um pouco inferior ao filme anterior.

22 Jump Street Poster.jpg

O enredo é simples: na sequência da atribulada, mas bem sucedida, operação 21 Jump Street levada a cabo numa escola secundária, os agentes Schmidt (Jonah Hill) e Jenko (Channing Tatum) estão de regresso para mais uma operação de desmantelamento de uma rede de tráfico de drogas, desta vez na universidade. Mais uma vez são infiltrados neste espaço e rapidamente começam a estabelecer contactos com os estudantes, com o objectivo de descobrir quem é o responsável por vender e traficar as drogas dentro da universidade. E a partir daí, decorrem uma série de complicações bem humoradas a que esta dupla já nos habituou.

22 Jump Street Agentes Uinversitários.jpg22 Jump Street - Jonah Hill, Ice Cube, Channing Ta

Em termos de história, o filme segue a mesma linha do antecessor, sem grandes novidades, sendo aí que reside o principal problema que leva a que não esteja tão bom quanto o primeiro, pois mesmo antes da história se desenrolar já sabemos o que vai acontecer aos dois personagens e não somos surpreendidos, ao contrário do que se verificou no anterior. Viram a trilogia The Hungover ou A Ressaca? Funciona um pouco à sua semelhança, as personagens mudam de ambiente, mas a história acaba por ser a mesma. 

O filme inova especialmente na sua terceira parte, durante as férias da Primavera, em que se dão os momentos mais hilariantes e cheios de acção, pois nas partes anteriores, apesar de ter alguns momentos de morrer a rir, a maior parte das cenas acabam por ser monótonas. O que salva o filme e o torna, mesmo assim, quase tão bom como o primeiro é a incrível dupla Channing Tatum/Jonah Hill que têm uma química espantosa e que são um dos melhores bromances da actualidade. 

Em conclusão: se não gostaram do primeiro, esqueçam, isto não é para vocês. Se, como eu, gostaram imenso ou adoraram, vale a pena verem. São quase duas horas bem passadas e quem sabe, até podem gostar mais deste do que do primeiro.

Só não se esqueçam é de uma coisa. Ver os créditos.

 

Classificação: 6/10

Neste Dia... 4 de Março

Um dos filmes mais aguardados deste mês é a adaptação do clássico Cinderela da Disney para live-action, com Lily James a interpretar o papel principal, Richard Madden como príncipe e a fabulosa Cate Blanchett como a madrasta.

Ora, nem de propósito, foi em Março, no dia 4, mas de 1950, que estreou a versão original do filme nos Estados Unidos (já havia estreado antes nos dias 15 e 22 de Fevereiro, mas apenas em algumas cidades).

Cinderela Disney 1950.jpg

A história é bem conhecida de todos, e fez parte das infâncias de muitas gerações de crianças, quer fosse contada por um familiar, quer lida num livro, nas múltiplas edições e adaptações que já foram feitas do original de Charles Perrault em que se baseiam, ou então passando cerca de uma hora na companhia da Cinderela de Walt Disney. Foi o 12º filme da Disney, foi nomeado a 3 Óscares e já teve direito a 2 sequelas.

Cinderalla Minimalistic Poster.jpgCinderalla Minimalistic Poster.jpg

Não sei se foi assim para vocês, mas eu vi e revi várias vezes este filme quando era mais nova. A Lady Tremaine e as suas filhas Anastásia e Drizella, o gato Lúcifer, os ratinhos brincalhões, a fada madrinha e o seu bibbidi bobbidi boo e a persistente Cinderela fazem parte do meu imaginário infantil.

E vocês que recordam dos filmes de infância? Este foi um deles? Quais os vossos momentos favoritos? E as canções?

Neste Dia... 2 de Março

It's my life
It's now or never
I ain't gonna live forever
I just want to live while I'm alive

 

O dia de hoje é do grande Jon Bon Jovi, nascido John Francis Bongiovi, em 1962, nos EUA, e que atinge hoje os 53 anos.

(mas nem se nota!, o tempo não passa por ele!)

Falar de Jon Bon Jovi é falar da sua banda, nascida em 1983 e que lhe adoptou o nome, os Bon Jovi. Mas muito antes, já Jon vivia para a música, faltando inclusive à escola para se dedicar à sua paixão, e tocando em pequenas bandas em bares. A música que permitiu que a banda se formasse foi a velhinha, mas sempre sensacional Runaway. Juntaram-se-lhe David Bryan, Alen John Such, Tico Torres e mais tarde Richie Sambora, e eis então os Bon Jovi, uma banda de rock que resistiu ao tempo e se mantém até hoje. Destes membros mantêm-se, além de Jon, Tico e David, sendo que Alen saiu em 1994 e Sambora em 2013.

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O primeiro album foi lançado em 1984 e foi com os segundo e terceiro albuns, de 1986 e 1988, que se afirmaram como "lenda do rock".Em 1990 lançou o seu primeiro album a solo, Blaze of Glory. A música que dá nome ao album, e tque foi usada no filme Young Guns II: Blaze of Glory, foi nomeada ao Óscar de Melhor Canção Original e a dois Grammys e venceu um Globo de Ouro.Em 1997 Jon lançou o seu segundo album a solo Destination Anywhere e três anos depois o sétimo album da banda Crush que a trouxe de novo à ribalta. Até hoje os Bon Jovi já lançaram 12 albuns de estúdio, 2 ao vivo e 5 de compilação e têm um novo agendado para o próximo ano. Foram nomeados a diversos prémios, entre eles a 7 Billboard Awards, 9 Grammys e vários MTV Awards.Bon-Jovi-Rock-Band.jpg

Mas além da sua banda e do mundo da música, Bon Jovi teve também alguns trabalhos como actor, em vários filmes, sendo o mais célebre a sua participação no filme New Year's Eve, e ainda a aparição nalgumas séries como Sex and the City ou 30 Rock, entre outras. 

Democrata convicto, católico e dedicado às obras de caridade,  trabalhou com diversas associações e inclusive criado a Jon Bon Jovi Soul Foundation dedicada a indivíduos com problemas económicos. É casado desde 1989 com a namorada da adolescência  e têm quatro filhos.

Não há como não adorar este homem! (e a banda, of course!) Têm uma música favorita dos Bon Jovi? Eu não consigo escolher uma, são todas excelentes!

Chérie, hoje apetecia-me ver... Fifty Shades of Grey

Fui ver o filme mais criticado do momento... As Cinquenta Sombras de Grey. Não fui logo na estreia, fui na semana seguinte, vá.

 

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Por essa altura já tinha lido imensas críticas, todas elas (ou a grande maioria) diziam mal, bastante mal. Ok, está bem, não é o filme do ano, mas também não foi feito para tal. Foi realizado e produzido para agradar sobretudo ao público feminino e, dentro deste, àquele que tinha lido os livros e (achava) que já sabia ao que ia. Pois bem, eu não li o livro, mas segundo me constou o filme pouco tem a ver.

A história já todos sabem, não me vou alongar muito, mas Dakota Johnson é Anastasia Steele, uma estudante de literatura, ingénua e virgem, que parte à descoberta do mundo do sado-masoquismo pela mão do misterioso Mr.Grey (Jamie Dornan).

Sam Taylor-Johnson, mulher do (tão giro) Aaron Taylor Johnson, que já dirigiu uma produção cinematográfica conhecida de todos (Nowhere Boy, sobre o John Lennon) cai aqui no tremendo erro de abraçar o guião destas Cinquenta Sombras de Descontentamento.

O guião até poderia ser bom, para quem goste do tema e tenha adorado os livros claro, mas teria que ter sido abordado de outra forma, constituindo um filme ligeiramente diferente. Quanto aos actores, Jamie Dornan e Dakota Johnson, também não são nada de por aí além, desempenhando o papel que lhes foi destinado sem lhe acrescentar nada de novo, nada que daqui a uns anos os faça serem lembrados por isso.

A banda sonora, ah a banda sonora, o ponto alto do filme para mim. Confesso que já tinha ouvido fora do contexto e não tinha gostado nada, mas acho que encaixa extremamente bem nos momentos em que foi colocada. Sim, podem-me dizer que a banda sonora não faz o filme e é verdade, mas sempre ajuda o espectador a sentir-se um pouquinho melhor na sala de cinema (ou em casa).

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No IMDb é classificado com 4.2. Expectável. Ponto número um, os fãs deste tipo de filme não têm conta no site (a sua larga maioria). Em segundo lugar, muitas pessoas iam à espera do filme do ano, que retratasse os livros na perfeição, o que aparentemente não acontece. E em terceiro lugar, por fim, muitas pessoas iam à espera de ver pornografia em “horário nobre” e todo o mundo do sado-masoquismo explorado ao mais ínfimo pormenor. Como já referi, e mantendo a minha opinião, este filme não foi feito para ser o filme do ano, não foi essa a intenção. O objectivo foi apenas levar massas ao cinema e promover todo o mundo comercial em torno disso, tanto que já há toda uma panóplia de artigos do campo erótico.

Um copo de vinho (ou dois), uma noite de cinema em casa com os amigos e vão ver que é divertido de ver.

 

Classificação: 4/10

Neste dia... 1 de Março

Hoje felicitamos a senhora do vestido de pérolas, aquela que já foi vencedora do óscar de melhor actriz secundária e também eleita mulher mais bonita do mundo, pela revista People... Um aplauso para Lupita Amondi Nyong'o. 

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A actriz nasceu no México, em 1983, filhe de Dorothy e Peter Nyong'o, um professor que se tornou político no Quénia. O seu nome provém de Guadalupe, e em queniano Amondi significa Quardalupi.

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Começou a sua carreira no cinema fazendo parte da equipa de produção de vários filmes, como o The Constant Gardener. Em 2008 começou por ganhar destaque numa curta metragem, mas foi em 2013 que conseguiu o seu primeiro papel de destaque, no filme de Steve McQueen - 12 Years a Slave (que pessoalmente amei!). O filme foi muito aclamado pela crítica, o que lhe garantiu a fama que detém actualmente. Com este filme foi nomeada para vários prémios incluindo o Óscar de Melhor Actriz Secundária, tornando-se a sexta atriz de raça negra a ganhar o prémio. Posteriormente vimo-la ao lado de Julianne Moore e Liam Neeson, no thriller Non-Stop (2014). Actualmente esperamos por ela no Star Wars Episode VII, que irá estrear neste ano. Já em 2016 participará no The Jungle Book e no Queen of Katwe

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