Finalmente!
Finalmente vi a obra-prima do mestre do suspense Alfred Hitchcock, o seu intemporal e consagrado Psycho!
Considerado um dos melhores filmes de sempre, e também um dos mais influentes, estreou em 1960 e desde logo arrebatou audiências e críticos. Foi nomeado a 4 Óscares, incluindo Melhor Realizador e Melhor Actriz Secundária, e entrou para a história como o filme com a famosa cena do duche e a música de fundo aterradora. Foi considerado pelo American Film Institute como o Melhor Thriller de Sempre e a sua banda sonora como a quarta melhor de sempre, tanto que o próprio Hitchcock afirmou “33% of the effect of Psycho was due to the music.”
Sendo um dos filmes mais famosos da Sétima Arte, mesmo antes de o ter visto, eu já conhecia vários factos sobre o filme, tendo inclusive visto a cena do duche e sabia até o que acontecia no final. Apesar disso, foi um filme que me surpreendeu imenso, porque conhecendo o fim, não fazia ideia como as coisas se iriam desenrolar para chegar a esse ponto.
Sem querer desvendar muito, a história começa com Marion Crane (Janet Leigh), uma jovem secretária que tem uma atitude inesperada e que nessa sequência se vê obrigada a fugir. Pelo caminho, ao afastar-se da estrada principal, ela encontra o Bates Motel, gerido por Norman Bates (Anthony Perkins), um jovem simpático e educado, que vive sob o controlo da sua mãe.
Filmado em preto e branco e com cerca de 108 minutos de duração, Psycho é um excelente filme de suspense, que cria desde o início uma atmosfera de mistério, quer pela sua fotografia, quer pela forma como a história é conduzida, e principalmente pela banda sonora, que é simplesmente genial. O filme é realizado de forma a sabermos muito pouco acerca dos personagens que nos vão sendo apresentados, pelo que as expectativas que criamos sobre eles são facilmente destruídas. Também a história é contada desta forma, para que não tenhamos ideia do que vai acontecer, até ao meio do filme, quando o filme segue numa direcção diferente da anterior, e nos encaminha para o verdadeiro mistério.
As interpretações dos dois actores principais estão bastante bem conseguidas, especialmente a de Anthony Perkins, que nos dá um Norman Bates carismático e doce, mas sempre com aquela sensação de que algo está errado. Gostei particularmente de ver a evolução de Marion e de descobrir o motivo que a leva a encetar a fuga, e que a faz ir de encontro a Norman, e achei os diálogos entre estes dois excelentes.
Com cenas de tirar a respiração, macabro e apontamentos de terror, Psycho tem uma história e um fim verdadeiramente mind-blowing que vos vai deixar a pensar neste filmes várias vezes. Em suma, adorei este filme e recomendo-o a toda a gente! É uma obra brilhante de um dos maiores realizadores de sempre e que vos vai prender do início ao fim.
A título de curiosidade, a história do filme foi adaptada de um livro de 1959 com o mesmo nome, o qual por sua vez foi baseado na história de um assassino norte-americano. Já teve direito a três sequelas, sempre com Anthony Perkins, um remake com Vince Vaughn a interpretar o papel de Norman, um filme para a televisão, e ainda uma série, de nome Bates Motel e da qual já falámos aqui.
Classificação: 9/10