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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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Chérie, hoje apetecia-me ver... Albert Nobbs

Este é um daqueles filmes que quis muito ver na altura em que estreou, mas que por diversas razões acabou por ficar "pendurado" à espera que eu me decidisse a vê-lo. Estreado em 2011, foi nomeado a 3 Óscares que distinguiram as actuações de Glenn Close e Janet McTeer (nomeadas, respectivamente, como Melhor Actriz Principal e Secundária), e ainda Melhor Caracterização.

O protagonista desta história é um mordomo de um hotel situado na Irlanda, no século XIX, e que esconde um grande segredo: é na realidade uma mulher, que desde a sua juventude vive nesta segunda pele de Albert Nobbs. Com um porte impecável, extremamente competente e educado, Albert Nobbs é o empregado ideal, mas que representa um mistário para todos aqueles que o rodeiam, pois pouco ou nada sabem sobre ele. Pouco a pouco, ele vai amealhando dinheiro que lhe permitirá construir uma nova vida que seja realmente sua. Um dia, é contratado um pintor para o hotel, Hubert Page, o qual irá transformar a vida de Albert e dar-lhe um novo alento e ambição.

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Este filme constitui um projecto de Glenn Close, que além de dar vida a Albert, é também uma das argumentistas, e que ao longo de vários anos tentou adaptar a peça The Singular Life of Albert Nobbs ao cinema, em que também já tinha representado o protagonista.

Apesar de este filme ter algumas falhas, especialmente na exploração e desenvolvimento dos personagens, e na realização, a verdade é que gostei bastante dele, especialmente pelo personagem principal. Albert Nobbs é o homem que tudo vê, que respeita tudo e todos, e que mantém sempre um profissionalismo irrepreensível. É o empregado no qual se pode confiar absolutamente, mas que não recebe, de modo algum, a gratidão por todo o seu esforço. Apesar disso, ele mantém a sua conduta, porque sabe que se alguém tivesse algo a apontar-lhe, poderiam descobrir o seu segredo. E esse é o seu maior medo, pois é sob a pele de um homem que a sua sobrevivência depende. Mas Albert tem um sonho, o de ser ele a comandar o seu destino e ter o seu próprio negócio. Um personagem muitíssimo complexo e com uma história muito interessante, e que podia ter sido mais explorada ao longo das quase 2h do filme, em vez de ter sido dado tanto destaque aos personagens de Mia Wasikowska e Aaron Taylor-Johnson, bem como a outros secundários. 

Albert Nobbs.jpg

Glenn Close está irreconhecível neste filme, dissimulando-se, tal como o personagem que interpreta, numa segunda pele, e encarna o perfeito cavalheiro, sem que nunca se desconfie da sua verdadeira identidade, e que atingiu aqui a sua sexta nomeação aos Óscares, sem qualquer vitória.

Não poderia deixar de falar deste filme sem falar de Hubert Page, o tal pintor que apresenta a Albert uma nova perspectiva de vida, e que irrompe na sua vida rotineira como ar puro. É este personagem que será um dos grandes catalisadores do novo rumo que Albert decide dar à sua vida, e do seu destino final. Sem dúvida, um dos trunfos do filme.

Com elenco cheio de caras conhecidas, Albert Nobbs é um filme que nos transporta para uma época em que a mulher vivia fortes desigualdades sociais e que nos faz, tal como o protagonista, questionar muitas situações e vivências, e acima de tudo pensar. Foi um dos factores que mais gostei no filme, mas que por outro lado me desiludiu, porque fiquei sem respostas. Talvez tenha sido exactamente o objectivo. Podia ter mais qualidade e consistência na realização, e assim garantido mais aclamação, pois o protagonista merecia mais, mas apesar disso, revelou-se um filme interessante e que vive, sobretudo, dos seus dois personagens principais.

 

Classificação: 7/10

Eu sou do tempo em que... se ouvia a Obsesion

Houve uma época em que os ritmos latinos já estiveram na berra. Quando eu era adolescente havia uma música que todos ouviam, todos gostavam e todos cantavam.

Hoje percebo que se calhar não é assim tão tchanan, que não é o hit do século. Mas não me venham dizer que num jantar com os amigos, num convívio casual, isto não cai bem, ora vejam lá o throwback

Tranquilizem-me e digam-me que também cantaram isto. (Ou então digam que não, e humilhem-me só um bocadinho)

Livraria chérie #8 - Morte no Nilo

Death on the Nile, ou Morte no Nilo, no título que recebeu por terras lusas, é um romance policial de Agatha Christie. Publicado em 1937, é uma das mais célebres narrativas das aventuras do detective Hercule Poirot.

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A linha histórica começa muito antes dos acontecimentos principais do livro, procurando situar o leitor, dando-lhe a conhecer as personagens e certos pormenores que futuramente serão importantes.

Encontramo-nos então em Inglaterra, e Linnet Ridgeway é uma mulher que dispõe de tudo na vida: carisma, beleza, dinheiro e estatuto social. O que Linnet não tem é amor, mas rapidamente se apodera do namorado da sua melhor amiga, Jacqueline de Bellefort – Simon Doyle. Para fúria de Jackie, Simon abandona-a, casando com Linnet e partindo de lua-de-mel para o Egipto.

Assim, é a bordo do barco que navega no Nilo que a maior parte da acção se desenrola. A bordo encontra-se o recém casal, mas também Jacqueline, que num acesso de desespero começa a perseguir os Doyle. Neste navio – Karnack – encontramos entre todas as outras personagens, o famoso detective Hercule Poirot, que se encontra a gozar férias. No entanto, este é obrigado a intervir quando é encontrado o corpo de Linnet, com um tiro na cabeça. Tudo aponta para Jacqueline... Mas será a solução assim tão óbvia? Seria ela a única com motivo para cometer um crime tão horrendo?

Tendo como cenério as paisagens quentes e exóticas do Egipto, todos parecem culpados, todos teriam um motivo, mas afinal de contas quem é o assassino? A este dilema, junta-se um velho amigo de Poirot, o Coronel Race, que se encontra também à procura de um homicida mundialmente procurado. Estarão ambos os casos relacionados, ou será apenas uma coincidência infeliz?

Mais uma vez Agatha Christie, com a sua escrita exímia, capta o leitor desde o primeiro momento, levando-o a elaborar as mais variadas teorias e conjecturas. Ao contrário da maioria dos livros da autora, aqui sabemos já de antemão quem será a infeliz vítima, porém, o assassinato demora algum tempo a ocorrer, o que deixa o leitor num clima de tumulto e desconfiança. Mas lembrem-se, a bordo do Karnack nada é óbvio, nada é coincidência, nada é o que parece e tudo se desvanece numa linha turva entre o possível e o impossível.

 

Teria Linnet a vida perfeita que parecia ter? Ou viveria numa paz podre, onde todos eram seus inimigos?

O crime terá sido cometido por impulso ou foi premeditado?

Quem será o assassino?

 

Hercule Poirot é o homem com resposta a estas questões. A estas e a muitas mais, pois toda a gente esconde um segredo e, 

Muitas vezes, o trabalho de detective passa por eliminar todos os falsos começos e começar de novo.

 

Classificação

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