Chérie, hoje apetecia-me ver... The Last King of Scotland
Hoje trago-vos um filme que já estava na minha (infinita) lista há alguns anos. Por falta de vontade, por falta de tempo ou mesmo de disponibilidade, acabei por ir adiando e entretanto ficou esquecido nos confins do meu disco.
The Last King of Scotland ou O Último Rei da Escócia, como ficou conhecido em Portugal, data de 2006 e é uma produção britânica. Baseado no livro homónimo de Giles Foden, este drama biográfico foi realizado por Kevin Macdonald.
Acompanhamos Nicholas Carrigan (James McAvoy), um jovem médico, recém-formado, que anseia por novas experiências e por descobrir novos horizontes. Alista-se numa missão e acaba por partir para uma pequena cidade no Uganda, país governado então pelo militar Idi Amin Dada (Forest Whitaker).
Quando o presidente sofre uma lesão, Carrigan está por perto e acaba por controlar a situação, tornando-se, a partir daí médico pessoal de Dada. Ao longo dos anos, entre os protagonistas é desenvolvida uma ligação de amizade, sendo que o médico acaba por se tornar também conselheiro do presidente.
Porém, com o decurso dos anos, Nicholas descobre que o presidente não é quem aparentava ser, tendo uma personalidade bastante violenta, perigosa e sombria. Consequentemente, o médico expressa o seu desejo de abandonar o país devido a todas as atrocidades que presenciou, o que lhe é negado por Dada, deixando Nicholas numa situação bastante complicada.
Apesar de a história ser contada na perspectiva de uma personagem fictícia - Nicholas - todos os factos retratados no que respeita a Idi Amin Dada são verdadeiros. Este foi um ditador que oprimiu e maltratou o povo ugandês entre 1971 e 1979, tendo inclusive a fama de ser canibal.
As minhas expectativas face ao filme não eram muito elevadas, confesso, mas acabei por ser bastante surpreendida. A realização não ultrapassa a vulgaridade mas as interpretações de Forest Whitaker e James McAvoy são extraordinárias, dando o destaque merecido a este filme. Whitaker ganhou o óscar de melhor actor e, na minha opinião, é completamente merecido, pois existem cenas na sua personagem que tocam quase a loucura e ainda assim, estão perfeitas.
Classificação: 8/10