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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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Chérie, hoje apetecia-me ver... Room

Apesar de toda a controvérsia em torno da atribuição dos Óscares neste ano de 2016, a verdade é que foi uma temporada de filmes de excelência, como é o caso de Room

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Quarto, como foi apelidado em Portugal, foi adaptado da obra de Emma Donoghue, uma escritora irlandesa, e realizado pelo também irlandês Lenny Abrahamson (responsável pela realização de Frank). Este conta a história de uma jovem, Joy Newsome (Brie Larson) que foi raptada há cerca de sete anos por um indíviduo que ela apelida de Old Nick, quando tinha apenas 17 anos, e se dirigia da escola para casa. Joy é frequentemente molestada sexualmente pelo raptor tendo, inclusive, um fillho deste, com cinco anos. O menino, Jack (Jacob Tremblay) apenas conhece a realidade que ambos vivem no pequeno quarto de 10 metros quadrados, desconhecendo todo o mundo exterior.

A dada altura, a mãe tenta explicar-lhe o que lhe aconteceu, assim como a necessidade de fuga daquele lugar inóspito e do predador que é Old Nick. Num plano excepcional, com uma representação incrível de Jack, conseguem fugir, regressando ao mundo dito normal. A primeira fase é um choque pois, se por um lado Joy já tinha conhecimento do mundo, Jack descobre toda uma nova realidade que até ao momento pensava existir apenas na pequena televisão que tinham no quarto. E, enquanto a mãe demonstra sérios problemas de adaptação à realidade e alguns sentimentos de revolta, o pequeno Jack acaba por se adaptar melhor, ainda que na fase de adaptação inicial questione várias vezes sobre a possibilidade de regressarem ao quarto. 

Cheio de emoção, este é o filme que não deixa ninguém indiferente. Dividido inicialmente em dois actos (quarto vs. realidade), em ambos assisitimos inúmeras vezes aos sonhos de Jack e às frequentes deambulações na sua pequena mente. A realização é de excelência, a par com as representações dos protagonistas, portanto, todas as nomeações e o Óscar de Brie Larson são completamente justos. 

Emocionante, profundo e deveras cativante - uma verdadeira obra cinematográfica! Com 8.3 no IMDb e 94% no Rotten Tomatoes, este é, sem dúvidas, um dos filmes do ano.

 

Classificação: 9/10

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