Com a licenciatura terminada há cerca de dois meses, encontro-me agora à procura do primeiro emprego, tarefa que pode ser mais dura do que o esperado.

Vivo numa constante ansiedade se serei chamada para alguma entrevista, dos mil currículos que envio por dia. É extenuante ser jovem e não ter nada que fazer, na minha opinião, mas claro, aqui as ideologias divergem, entre aqueles que adoram o puro acto de “não fazer nada” e aqueles, que como eu, sufocam no instante em que se deparam parados.

Estou em casa dos meus pais, no Alentejo, procuro emprego em Lisboa, vou a entrevistas, vivo num rodopio, num turbilhão de emoções, onde fervilha a ansiedade e por vezes a loucura.

Não me interpretem mal, a minha área até é bem servida de ofertas de emprego, já fui a duas entrevistas e dei-me ao luxo de recusar outras tantas. A primeira tinha mais procura do que a oferta realmente valia, não tenho experiência profissional, óbvio que não fui a seleccionada. Segunda entrevista, um sítio de sonho, apenas por seis meses, mas ainda assim um sítio de sonho, com um ordenado excelente. Não fui a escolhida (baam!). Entrei em profunda depressão, que me levou a enviar curriculos para todos os sítios imaginários. Esta situação foi o fio conducente à primeira recusa, queriam-me por quatro meses, num sítio onde a remuneração era jeitosa, mas levava uma hora, três transportes e 90€/mês para lá chegar. Por muito boa que fosse a oferta ninguém consegue aguentar esse ritmo de vida, sobretudo num primeiro emprego, em que não tens aquilo que chamam de calo ou tarimba. Na segunda recusa o motivo foi diferente, era exploração no submundo lisboeta, nem me vou alongar.

Agora, tenho uma entrevista amanhã. Com o mood em que me encontro só estou desejosa que me aceitem. Honestamente já não estou muito interessada nas condições, apenas quero ter alguma coisa para fazer, depois logo vou analisando outras propostas. Afinal não é assim que se processa a vida?

Desejem-me sorte e façam figas para que eu comece a ser uma blogger com tempo limitado!