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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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Séries da minha vida #29 Masters of Sex

Estreada em 2013 no canal Showtime, a série Masters of Sex é baseada num livro com o mesmo nome, e retrata o trabalho pioneiro acerca da sexualidade humana realizado pelos investigadores William "Bill" Masters e Virginia Johnson. A terceira temporada terminou recentemente, sendo que esta série já se encontra renovada para uma quarta temporada. Até agora existem 36 episódios disponíveis, de cerca de uma hora, distribuídos igualmente por cada temporada.

Acompanho esta série desde o ano de estreia, sendo que me chamou imediatamente à atenção por diversos factores. Em primeiro lugar, sempre gostei de séries de época, assim como séries relacionadas com a saúde e com a medicina. Aliar estas duas vertentes tornou-se logo apelativo. Depois os actores: Michael Sheen (William Masters) é um actor consagrado na televisão e cinema, e Lizzy Caplan (Virginia Johnson) é uma actriz que já tinha acompanhado em várias comédias e com quem simpatizei. Finalmente, o tema: o sexo ainda continua a ser um tema polémico e tabu, mas a verdade é que hoje já temos bastante conhecimento acerca da sua fisiologia e psicologia. Ora, como é que todo este conhecimento surgiu? Quem foram "os descobridores" que desafiaram convenções e preconceitos acerca deste tema? A resposta, meus caros, é Masters & Johnson.

 

Masters of Sex Poster.jpg

 

A acção decorre durante os anos 50 e 60, e inicia-se quando o estudo sobre a sexualidade humana não passava de um esboço na cabeça de Bill Masters, médico ginecologista e obstetra de renome. Ambicioso e com uma enorme fome de saber, Bill procura ser o pioneiro numa área da qual mal se ouvia falar, mas afiguram-se-lhe diversas dificuldades, tendo em conta o tema. Mais tarde, surge em cena Virginia Johnson, uma mulher divorciada e mãe de dois filhos, que encara o sexo com naturalidade, e que vê no possível estudo de Bill uma forma de adquirir conhecimento, e de trilhar o seu próprio caminho, reafirmando-se como mulher independente. Os dois complementam-se, pois enquanto que Bill tem o conhecimento científico, falta-lhe a capacidade de se relacionar com os outros, demonstrando diversas dificuldades em lidar quer com os seus colegas e superiores, quer com as suas cobaias. Já Virginia é precisamente o oposto: impedida de estudar por ter engravidado, ficou com a curiosidade de saber mais, mas é uma pessoa extremamente empática, e que tem facilidade em relacionar-se com os outros, além de ser mais despachada e activa do que Masters. Assim, os dois iniciam uma colaboração que, na vida real, viria a durar várias décadas, contribuindo para várias descobertas e para desmentir vários mitos.

 

Masters of Sex - Bill e Virginia.JPG

 

O sexo é o tema central de Masters of Sex, não só pela investigação que é feita acerca deste assunto, mas também porque esta série aborda muito mais do que a investigação feita por Masters e Johnson, focando-se também nas suas vidas pessoais, e nas dos muitos personagens secundários que povoam a série. As cenas de sexo são tratadas naturalmente, por vezes com erotismo, por vezes com humor ou embaraço, mas sempre sem pudor. Tendo em conta o tema, seria fácil para uma série como esta cair no ordinário, ou na nudez excessiva e gratuita, mas Masters of Sex nunca comete esse erro. Mais do que o sexo em si, também temas que lhe estão associados como a impotência, a frigidez, os abusos sexuais, o assédio, a homossexualidade, a bigamia, a infidelidade, a infertilidade, e outras disfunções sexuais são abordados nesta série que, à semelhança dos seus personagens principais, é também ela bastante inovadora.

Bill e Virginia são duas personagens extremamente complexas, que a série vai desenvolvendo pouco a pouco, e que são impecavelmente interpretados por Sheen e Caplan. É fácil relacionarmo-nos com Virginia e com as suas decisões e emoções, mas Bill é o verdadeiro quebra-cabeças da série, cheio de contradições, com tantos defeitos como qualidades, e que mantém sempre uma postura de distanciamento face a tudo e todos. O triângulo principal da série é fechado com a mulher de Masters, Libby (Caitlin FitzGerald), uma personagem insegura, mas que é, aparentemente a mulher perfeita. São vários os personagens secundários dignos de menção, mas existem dois que acho que são particularmente importantes, embora nem sempre bem desenvolvidos: Barton Scully (Beau Bridges) e a mulher Margaret (Allison Janney).

 

Masters of Sex Personagens.JPG

 

Na minha opinião, a primeira temporada é até agora a melhor da série, sendo que a segunda está quase ao mesmo nível, embora os temas retratados não sejam sempre tão interessantes como na primeira. Já esta terceira temporada deixou muito a desejar face à qualidade das duas anteriores. Penso que o grande problema foi falta de organização da parte dos argumentistas e produtores, que não souberam como articular os eventos seguintes das vidas destes personagens, o que conduziu a episódios confusos, e algo desligados uns dos outros, em que as histórias foram mais fraquinhas, e em que houve personagens a deambular por ali em que nenhuma história de jeito lhes fosse atribuída (este problema também já se tinha verificado na segunda temporada). 

Vou continuar a acompanhar, mas confesso que as minhas expectativas baixaram para a próxima temporada. Continuo a querer saber o que vai acontecer aos três personagens principais, e ao trabalho desenvolvido por M&J, especialmente tendo em conta os acontecimentos do último episódio.

 

Classificação: 8/10

Neste Dia... 12 de Junho

Hoje assinala-se o nascimento de Anne Frank, a jovem escritora judia que deu a conhecer ao mundo um outro lado da II Guerra Mundial, através do diário que manteve nessa altura, e que se tornou numa das obras mais lidas de sempre. 

Nascida Annelies Marie Frank a 12 de Junho de 1929, em Frankfurt, na Alemanha, numa família judia liberal, composta pelos seus pais Otto e Edith Frank, e pela sua irmã mais velha Margot. Em 1933, depois da vitória do partido nazi nas eleições, a família mudou-se para Amesterdão, na Holanda. Em 1940, deu-se a invasão da Holanda pela Alemanha, e as duas irmãs viram-se obrigadas a passar a frequentar o Liceu Judeu. 

Em 1942, Otto oferece a Anne aquele que viria a ser o seu famoso diário, em que a jovem regista desde logo as alterações nas suas vidas. Em Julho desse ano, a família mudar-se-ia para o anexo secreto por cima dos escritórios de Otto, em que viriam a viver nos próximos anos, depois de Margot ser convocada ir para um campo de concentração. Alguns empregados ficariam responsáveis por garantir a segurança e as necessidades da família, à qual se juntaria uma outra família e ainda um amigo. 

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Anne era uma jovem com grande aptidão nas áreas da leitura e escrita, com uma personalidade extrovertida e faladora. Durante o tempo em que viveram no anexo, as duas irmãs continuariam a estudar e a realizar cursos por correspondência, e Anne continuaria a escrever avidamente no seu diário, descrevendo os seus companheiros de casa, as suas rotinas e as suas relações, bem como a forma como iam sobrevivendo e as notícias que recebiam do exterior. Aí viria a revelar o seu sonho de se tornar jornalista e uma autora publicada. A sua última entrada no diário dataria de 1 de Agosto de 1944, e na manhã de 4 de Agosto os habitantes do anexo secreto viriam a ser descobertos. 

A família Frank seria enviada para o tenebroso campo de concentração de Auschwitz, onde a mãe morreria à fome. As irmãs Frank seriam mais tarde recolocadas no campo de concentração de Bergen-Belsen, onde também morreriam, assume-se de tifo, Anne com 15 anos e Margot com 19. Apenas o pai, Otto, conseguiria sobreviver, e dedicar-se-ia a divulgar o diário da filha, o qual viria a ser publicado em 1950. Em 1957 surgiria a Fundação Anne Frank e em 1960 seria inaugurada a Casa de Anne Frank, onde a família viveu escondida durante a guerra, gerida pela anterior.

Se tivesse sobrevivido, Anne faria hoje 86 anos. O seu legado permanece, relembrando ao mundo o terror de que o ser humano é capaz de instilar, e o seu diário constitui um dos mais fiéis e conhecidos testemunhos do período da II Guerra Mundial. 

Descubram mais sobre a sua vida e sobre este período aqui.

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Neste Dia... 16 de Maio

Charles Perrault foi um escritor francês nascido a 12 de Janeiro de 1628 em Paris, considerado um dos melhores do seu século. Foi um dos fundadores do estilo literário dos contos de fadas.

Estudou na área do Direito, e fez depois carreira no governo, tal como outros membros da sua família. Contribuiu para a criação da Academia das Ciências, e para a restauração da Academia de Pintura, e trabalhou posteriormente na Academia Francesa de Letras. Em 1671 foi eleito para a Academia Francesa, onde foi o líder da facção moderna durante o movimento Querelle des Anciens et des Modernes, um debate literário que opôs duas frentes, a clássica e a moderna, em que procurou provar a superioridade literária do seu século face à da Antiguidade.

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Ao longo da sua vida foi publicando várias obras, mas foi com o livro Histoires ou Contes du Temps Passé (1697) que se tornou célebre até aos dias de hoje. Aqui se incluem histórias conhecidas mundialmente como A Bela Adormecida, O Capuchinho Vermelho, Barba Azul, O Gato das Botas, Cinderela, Polegarzinho, entre muitas outras. Cada uma delas termina com uma rima que contém a moral da história.

Existem várias teorias relativamente às suas histórias e ao seu processo criativo, mas de qualquer forma, é inegável o seu contributo para o mundo dos contos de fadas, e para o imaginário infantil. Mais do que estas áreas ainda para outras artes, seja teatro, pintura, cinema, música ou outras.

Charles Perrault viria a morrer precisamente a 16 de Maio, mas de 1703, há 312 anos, com 75 anos de idade.

Histoires ou Contes du Temps Passé edição origi

Neste Dia... 23 de Abril

Nascido há bem mais de 400 anos, em 1564, o escritor, actor, dramaturgo e poeta William Shakespeare continua a ser até hoje um dos nomes maiores na literatura, sendo até considerado o melhor escritor inglês de sempre.

Apesar da sua data de nascimento ser incerta, a maioria dos seus biógrafos aponta para o dia 23 de Abril, o mesmo dia em que viria a morrer 52 anos depois, em 1616, de causa desconhecida. A sua vida encontra-se envolvida em mistério, pois não se conhece muito da sua biografia, tendo alimentado especulação e boatos acerca da sua vida pessoal, e principalmente da autoria das obras por ele publicadas.

Sabe-se que nasceu na cidade de Stratford-upon-Avon, que teve 7 irmãos, que recebeu educação e que aos 18 anos se casou com Anne Hathaway, com quem teria três filhos. Anos depois, em 1592, seria já um dramaturgo conceituado, com várias das suas peças a ser apresentadas nos teatros ingleses, maioritariamente pela companhia Lord Chamberlain's Men, da qual Shakespeare fazia parte. Esta viria a mudar de nome para King's Men, depois de receber o patrocínio do recém coroado rei James I. Desta forma, tornou-se cada vez mais próspero, tendo recebido um brasão de armas e adquirido propriedades. 

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Em termos de obra, esta é constituída por quase 40 peças de teatro, em que se includem tragédias como Hamlet, Coriolanus, Macbeth, Othello, King Lear e The Tragedy of Romeo and Juliet; comédias como The Comedy of Errors, The Merchant of Venice, A Midsummer Night's Dream, Much Ado About Nothing, The Taming of the Shrew e Winter's Tale; e ainda peças baseadas em personagens históricos, como Henry IV, Henry VI ou Richard III, entre outras. Shakespeare foi ainda um prolífico poeta, com mais de 150 sonetos escritos. Por sua vez, as suas obras já foram adaptadas mais de 400 vezes no cinema e na televisão, sem mencionar no teatro. A nível biográfico, o filme mais conhecido feito sobre a sua vida é o vencedor do Óscar de Melhor Filme, Shakespeare in Love

 

Já leram alguma das suas obras? E já viram alguma das muitas adaptações feitas?

10 Personalidades | Pais

Como hoje é Dia do Pai decidimos fazer este post em que escolhemos 10 grandes homens da nossa História, que além do seu papel na sociedade nas mais diversas áreas, desempenharam ainda (e bem) o papel de progenitores dos seus rebentos.

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Mas antes, uma salva de palmas para os melhores pais do mundo: os nossos, como é óbvio! São os maiores! Vá, os vossos também são bonzinhos. 

 

Charles Darwin (1809 - 1882)

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Pai dos seus filhos e da teoria da evolução. Tentando dar resposta a uma questão ancestral, propôs que descenderíamos dos macacos e não de qualquer milagre divino.

 

Louis Pasteur (1822 - 1895)

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Pai da microbiologia, da vacinação e da pasteurização, foi pai de 5 filhos, dos quais 3 morreram de febre tifóide, o que levou ao seu interesse por estas áreas. 

 

Sigmund Freud (1856 - 1939)

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Pai da psicanálise e criador de várias teorias e tratamentos para doenças e distúrbios do foro da mente, e ainda de 6 filhos.

 

Mahatma Gandhi (1869 - 1948)

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Pai do movimento de não-violência, considerado ainda o pai da nação indiana, casou-se aos 14 anos (!!) de acordo com a tradição, e teve 5 filhos, um dos quais morreu poucos dias depois de ter nascido.

 

Albert Einstein (1879 - 1955)

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Pai de muitos filhos pródigos, entre os quais a bomba atómica e a teoria da relatividade. Se o mundo podia viver sem o seu legado? Of course not.

 

Aristides de Sousa Mendes (1885 - 1954)

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Um dos maiores heróis portugueses, além de ter sido cônsul e salvo milhares de vidas de judeus ao dar-lhes vistos para que fugissem para o nosso país, foi ainda pai de 14 filhos.

 

Otto Frank (1889 - 1980)

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Pai de Anne e Margot, vítimas do Holocausto. Após a libertação juntou o diário da sua filha, lutando por ele com unhas e dentes, dando a conhecer ao mundo o terror vivido pelos judeus.

 

Alfred Roberts (1892 - 1970)

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Pai de Margaret Tatcher, a dama de ferro. Contribuiu para a sua educação e princípios, tendo consequentemente influenciado a nação britânica.

 

Alfred Hitchcock (1899 - 1980)

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Pai de Pat e dos filmes de terror. Com uma capacidade de realização soberba, construiu uma reputação inabalável em torno de si próprio e dos seus filmes.

 

Martin Luther King, Jr. (1929 - 1968)

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Líder do movimento pacifista pelos direitos civis dos negros nos EUA, e destacou-se pela sua defesa da igualdade. Os seus quatro filhos também trabalharam no mesmo movimento, assim como o seu próprio pai.

Chérie, hoje apetecia-me ver... ''The Theory of Everything''

Ontem estreou um filme que já tínhamos referido na rubrica “Quero Tanto Ver” – The Theory of Everything. Em português de Portugal, A Teoria de Tudo.

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Com Felicity Jones e Eddie Redmayne a dar vida a Jane Wilde e Stephen Hawking, este é um romance dramático e biográfico, do realizador James Marsh. O filme procura contar a história de amor vivida pelas personagens principais – Jane e Stephen – desde que se conheceram em 1963 e durante os trinta anos que o casamento durou. Adjacente a este segmento do romance, encontra-se um pouco da biografia do físico, considerado por muitos como um dos homens mais inteligentes que alguma vez viveu.

Sendo esta uma produção biográfica, a história é conhecida de todos, a palavra spoiler não faz parte do vocabulário, portanto vou contar tudo! Mas assim muito resumidamente…

Começando em 1963, é retratada a forma como Stephen e Jane se conhecem e como a sua história de amor floresce. Entretanto Stephen, que se demonstra um jovem brilhante, está a doutorar-se em Física, vivendo o dilema de não conseguir decidir qual o tema para a sua tese. É mostrado ao espectador que Stephen tem dificuldade em executar alguns movimentos voluntários, apesar de este tentar contrariar a situação. Contudo, de um momento para o outro, o jovem cai e no hospital diagnosticam-lhe Esclerose Amiotrófica, uma doença que apenas lhe garante dois anos de vida e a perda dos movimentos (como falar, andar, comer, etc).

Quando descobre, Jane decide abraçar esta luta que tem claramente subentendida uma derrota. Casam, têm três filhos e vivem felizes durante vários anos. No entanto, a doença de Stephen agrava-se e as dificuldades começam a surgir. Jane e Stephen chegam a um ponto de rotura, sendo obrigados a seguir caminhos diferentes no que respeita ao amor. Porém, ficam grandes amigos (como ainda são hoje, na realidade) e felizes com a família que construíram.

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Baseado no livro de memórias de Jane, este filme concorre a cinco Óscares da Academia: Melhor Actor Principal, Melhor Filme, Melhor Actriz Principal, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Banda Sonora. Nos Golden Globes arrecadou o primeiro e o último, e na minha humilde opinião é o mais justo.

Eddie Redmayne tem um papel digno do Óscar! Sem dúvida alguma! Este jovem actor abraça a personagem de uma forma que deixa o espectador perplexo em alguns momentos. A música contextualiza de tal forma a época e a história, que permite ao espectador viver um pouco das mesmas emoções que as personagens estão a viver.

Apesar de justa a nomeação de Melhor Filme, acho que não irá vencer. E pessoalmente não considero que seja o Melhor Filme, sobretudo devido a duas situações. Primeiro, foi pouco explícito que Stephen já tinha a doença antes de cair e ser diagnosticado. Ok, eu percebi o que se estava a passar, e é certo que é dado a entender através de cenas que focam os movimentos do Físico, mas ainda assim acho que devia ter sido melhor trabalhada essa parte. Em segundo lugar, também a relação de Stephen e Jane, na fase casamento/filhos é pouco abordada. Ficamos com a sensação de que soube a pouco, que vimos pouco da felicidade que viveram enquanto jovens.

No entanto, apesar de não o considerar o Melhor Filme do ano, é sem dúvida alguma um excelente filme, que vale a pena ver!

Classificado com 7.8 no IMDb, por aqui atribuímos:

Classificação: 8/10

E vocês? Foram à estreia? O que acharam?

Neste Dia... 18 de Janeiro

Hoje assinala-se o falecimento do escritor britânico Joseph Rudyard Kipling, o primeiro escritor dessa nacionalidade a receber o Prémio Nobel da Literatura, em 1907, e o mais jovem à data. A sua bibliografia (deveras extensa) é principalmente constituída por livros de pequenas histórias para crianças, e por centenas de poemas.

Nascido a 30 de Dezembro de 1865 em Bombaim, quando a Índia ainda fazia parte do Império Britânico, mudou-se juntamente com a irmã para Inglaterra ainda durante a infância. Regressou à Índia em 1882 e começou a trabalhar intensamente num jornal, dando finalmente liberdade à sua necessidade de escrever. Em 1888 publicou seis livros com um total de 41 histórias. Regressou novamente a Londres, onde as suas histórias foram bem aceites e publicadas e em 1892, com 26 anos, casou-se com a sua esposa. Mudar-se-iam depois para os EUA e viriam a ter três filhos.Rudyard Kipling.jpg

Em 1894 publicou o seu mais famoso livro de sempre, e uma obra intemporal da literatura The Jungle Book ou O Livro da Selva, e no ano seguinte o segundo volume The Second Jungle Book. Em 1901 publica o seu aclamado romance Kim e em 1902 Just So Stories for Little Children. Por esta altura atinge o seu pico de popularidade e em 1907 recebe o Prémio Nobel. Durante a Primeira Guerra Mundial escreveu propaganda a incentivar o exército e população britânica e continuou sempre a escrever, embora já sem a intensidade e sucesso de outrora, acabando por morrer a 18 de Janeiro de 1936, com 70 anos, na sequência de uma hemorragia intestinal. A sua autobiografia foi publicada postumamente em 1937.

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Mesmo depois da morte a sua influência permaneceu, tendo influenciado diversos escritores, dando nome a descobertas científicas e inclusive, em 2013 foram publicados pela primeira vez mais de 50 poemas seus. 

Já tiveram a oportunidade de ler a sua mais famosa obra, O Livro da Selva? É um livro extremamente belo e imaginativo, um dos meus favoritos, com um estilo de escrita muitíssimo interessante.

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Neste Dia... 5 de Dezembro

Há precisamente um ano atrás, o mundo perdia uma das pessoas mais importantes e extraordinárias da actualidade, Nelson Mandela. O que mais haverá a dizer de uma pessoa sobre quem tanto já foi escrito, reproduzido ou discutido? Não existem palavras para descrever este Homem, a não ser que foi um exemplo de compaixão, perdão e valor, um verdadeiro exemplo para todos nós.

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Nasceu no ano de 1918, dia 18 de Julho, na África do Sul, e entrou na Universidade em 1939 e tornando-se advogado. Em 1944 casa-se com a primeira mulher, e cria  a Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano, começando a denunciar o racismo que se vivia. Em 1949 o governo de então cria o regime do nome apartheid e em 1952, Nelson Mandela torna-se vice-presidente do Congresso Nacional Africano (CNA). Nesse ano iniciam-se os primeiros protestos públicos contra o apartheid, com Mandela como líder. Nesse seguimento é preso por diversas vezes.

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Em 1956 divorcia-se e em 1957 casa-se com Winnie Mandela, para depois participar no Julgamento da Traição, no qual é absolvido em 1961. Nesse ano cria um movimento armado para combater o apartheid, em caso de violência. É perseguido e vive clandestino. Em 1962 viaja até Londres, e a alguns países africanos, mas quando regressa é preso. No seguimento do julgamento é condenado a prisão perpétua em 1964.

É enviado para a prisão da Ilha Robben, para a exígua cela 466/64. Após anos a tentar negociar a liberdade, em 1990, após 27 anos preso e já com mais de 70 anos, é finalmente liberto. No ano seguinte é eleito presidente do CNA e recebe o Prémio Nobel da Paz e em Abril de 1994 é eleito Presidente da República com 62% dos votos. 

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O início da reconcialiação de um país tão dividido deu-se com a criação da Comissão da Verdade e Reconciliação, e foi adoptado um novo hino nacional e uma nova bandeira. Em 1995, a África do Sul sediou o Campeonato Mundial de Râguebi, no que constituiu um grande passo para a reconciliação do país, através do apoio de Mandela à selecção, sendo que o país acabou por se sagrar campeão. Em 1996, após 38 anos de casamento, divorcia-se de Winnie e em 1998 casa-se com a sua última mulher, Graça Machel. Durante o seu mandato foram feitas várias reformas sociais para diminuir as desigualdades sociais e económicas. Em 1999 termina o seu mandato e anuncia que se vai retirar da vida pública e política para gozar a sua tão merecida reforma.

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Desde essa altura as suas aparições foram escassas, pois a sua saúde também se foi progressivamente fragilizando. Em 2010, durante o Campeonato Mundial de Futebol na África do Sul, compareceu brevemente na cerimónia final. No ano passado, após ter sido internado por várias vezes, acabou por morrer com 95 anos de idade.

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Para trás deixou um legado incomensurável que importa relembrar e preservar. Ao longo dos anos muitas homenagens lhe foram prestadas, muitos prémios lhe foram atribuídos, canções foram escritas, músicas foram compostas, páginas e páginas de artigos, reportagens e livros foram escritas, filmes foram realizados, actores deram-lhe vida e as suas palavras foram repetidas vezes sem conta, mas a cada vez com um significado cada vez mais premente.

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Uma das canções sobre Mandela mais conhecidas, lançada quando este ainda estava preso, em 1984.

Neste Dia... 2 de Novembro

Em 1755 nasceu em Viena Marie Antoinette, arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e Navarra. Casada aos 14 anos com o futuro rei Luís XVI e rainha aos 18 anos em 1774, era detestada pela corte e pelo povo. Tornou-se uma das rainhas mais famosas devido às suas extravagâncias em festas, vestidos, penteados e jóias, ao misterioso caso do colar, e ao seu trágico fim: durante a revolução francesa acabou por ser decapitada na guilhotina em 1793 aos 37 anos de idade.

Hoje em dia é uma figura histórica e cultural sobre a qual já foram escritas canções, livros e filmes. Um dos mais conhecidos é o Marie Antoinette de 2006 escrito e realizado por Sofia Coppola com Kirsten Dunst no papel de rainha, tendo recebido o Óscar de Melhor Guarda-Roupa.

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Neste dia... 31 de Outubro

Em 1926 morria o ilusionista e mágico mais famoso do mundo Harry Houdini, aos 52 anos, com uma peritonite causada pela ruptura do seu apêndice, depois de ter sido atingido com murros múltiplas vezes no abdómen sem estar preparado. Nascido em 1874 em Budapeste, na Hungria, e tendo a família emigrado para os Estados Unidos quando tinha 4 anos de idade, desde cedo se interessou pelo ilusionismo. Durante a sua vida desenvolveu esta arte e tornou-se perito em libertar-se de algemas, cofres, camisas de forças, etc.  pondo para isso a sua vida em risco várias vezes. Foi ainda actor e produtor de filmes, piloto de aviões, historiador e desmistificador.

 

O primeiro filme biográfico feito sobre ele é de 1953, e nós optámos por vos sugerir a mais recente adaptação sobre a sua vida, uma mini série de 2 episódios do canal História de nome Houdini de 2014 que tem Adrien Brody a desempenhar o papel principal. Longe de ser uma obra-prima, é uma série aceitável que permite conhecer um pouco da sua biografia e inclusive saber como alguns dos seus famosos truques foram feitos.

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