Hoje prestamos homenagem a uma das grandes divas da música, a única, incrível e brilhante Nina Simone, uma das maiores vozes do jazz, blues, soul, gospel e R&B de sempre.
Nascida com o nome Eunice Kathleen Waymon, em 1933 no estado da Carolina do Norte, nos EUA, foi cantora, pianista, compositora e activista pelos direitos civis, tendo falecido aos 70 anos, em 2003, no dia 21 de Abril, na sequência de cancro da mama.
Foi os 3 anos que começou a tocar piano, começando depois a apresentar-se na sua igreja e aos 12 anos deu o seu primeiro concerto de música clássica. Foi também nessa altura que se começou a afirmar como uma defensora dos direitos civis. Como a família não tinha muitos recursos, e o talento de Nina era reconhecido, foi providenciado um fundo local para que a jovem pudesse continuar a estudar. Desta forma conseguiu ingressar na conceituada Juilliard School of Music em Nova Iorque. Começou a apresentar-se em bares para cobrir as despesas e adoptou em 1954 o seu nome icónico "Nina Simone".
![Nina Simone.jpg Nina Simone.jpg]()
Quatro anos depois casou-se e lançou também o seu primeiro album Little Blue Girl, que teve bastante sucesso. Entretanto divorciada, casou-se novamente em 1961, do qual viria a nascer a sua única filha. O album de 1964, Nina Simone in Concert, abordou pela primeira vez o tema dos direitos civis nas suas canções, sendo que a partir daí esta temática tornar-se-ia uma constante no seu repertório. Durante os anos 70 viveu em diversos países, como os Barbados, na Libéria, Suíça e Holanda, acabando por se fixar na França em 1992. Nesse ano publicou a sua autobiografia I Put a Spell on You.
Foi nomeada 15 vezes aos Grammys, mas nunca venceu nenhum, e foi premiada com um Grammy Hall of Fame Award. Durante a sua vida lançou mais de 40 albuns ao vivo e em estúdio, sem mencionar as compilações. O último foi de 1993 com o nome A Single Woman.
Entre os seus maiores sucessos encontram-se My Baby Just Cares For Me, Don't Let me be Misunderstood, I Put a Spell on You, Ne me Quitte Pas, Feeling Good, ou Sinner Man. Durante as suas actuações era conhecida pela sua forte presença em palco, pelos seus silêncios, pelos seus monólogos e diálogos com audiência, sendo quase hipnótica.