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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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Séries da minha vida #36 Downton Abbey

No Natal passado foi emitido o último episódio de uma das séries mais aclamadas e marcantes dos últimos anos: Downton Abbey, a série britânica que conquistou espectadores de todo o mundo, e que se tornou num fenómeno da televisão inglesa, como há muito já não era visto.

Estreou em 2010, e desde então foram 6 as temporadas transmitidas, totalizando 52 episódios em que os espectadores puderam acompanhar as vivências da aristocrática família Crawley, bem como as dos seus fiéis empregados. Ao longo dos anos que a série abrange, iniciando-se em 1912, e terminando em 1925, podemos também acompanhar os grandes eventos da época e assistir às drásticas mudanças que se vivem, e que conduzirão a grandes alterações à medida que a série vai decorrendo.

  

Downton Abbey.png

 

 

Livraria Chérie #10 O Espião Que Saiu do Frio

Terminei hoje a leitura de O Espião que Saiu do Frio, um livro de espionagem do escritor britânico John Le Carré, que foi publicado em 1963 sob o título The Spy Who Came in From the Cold, e que foi considerado pela revista Time como um dos 100 Melhores Livros de Sempre. 

A acção decorre no pós-guerra, durante o período da Guerra Fria, em que o mundo da espionagem atingiu o seu apogeu, sendo que o nosso protagonista, Alec Leamas, faz parte deste mundo, e encontra-se num período de transição, tentando encontrar uma forma de deixar esta vida e regressar ao mundo civil - basicamente, sair do frio. Para isso é-lhe oferecida uma missão perigosa e bastante importante, a qual ele aceita e que ao longo das mais de 200 páginas deste livro, nós vamos acompanhar.

O Espião que Saiu do Frio - John Le Carré.jpeg

A principal característica deste livro é que desde o início que somos envolvidos no meio da acção e temos de tentar "encontrar o nosso lugar"; ou seja tentar perceber o que está a acontecer, onde e quando decorre a história, quem são os seus intervenientes e o que está realmente nas suas mentes. Acabamos por funcionar também nós, de certa forma, como espiões que assistem a uma história que não é a sua, e que tentam discernir pistas e pensamentos ocultos. Este factor funciona tanto como um factor positivo como negativo. Por um lado obriga-nos a mantermo-nos sempre atentos, a ler nas entrelinhas e a tentar compreender o que se está a passar, mas por outro lado torna-se muitas vezes difícil acompanhar o que está a acontecer e principalmente o porquê de estar a acontecer. Acaba por ser um pouco confuso, especialmente porque apesar da história ser conduzida de forma linear, a verdade é que por vezes parece não haver uma ligação entre os capítulos, especialmente no último terço do livro.

A escrita de John Le Carré é agradável, minuciosa e marcada principalmente por diálogos, o que é natural tendo em conta o tema, mas é também complexa no sentido de que é dada muita informação sobre a qual nós pouco ou nada sabemos. 

Esperava um pouco mais deste livro, tendo em conta que já foi considerado o melhor romance policial, esperava que tivesse mais acção e adrenalina, que me deixasse mais "presa" e com vontade de ler sempre mais, mas não foi isso que aconteceu. Apesar disso, gostei porque é um livro bem construído e com uma boa reviravolta final, e além disso tem um protagonista extremamente interessante, com uma grande agilidade mental. Outros factores de que gostei foi ter ficado a saber um pouco mais sobre esta época, bem como as discussões filosóficas sobre o que está realmente em causa: o indivíduo versus o todo, a moralidade versus a razão.

 

Classificação: 

Como curiosidade, sabiam que este livro já foi adaptado ao cinema em 1965 e que recebeu duas nomeações aos Óscares? Podem ver mais aqui.

Quero Tanto Ver #12 Macbeth

Este é provavelmente o filme pelo qual aguardo há mais tempo, e com mais expectativa. As razões são muitas: trata-se de uma adaptação da tragédia Macbeth de William Shakespeare, uma das suas mais conhecidas; tem um grande elenco, que inclui Michael Fassbender e Marion Cotillard a interpretar o ambicioso casal Macbeth, e a história é deveras aliciante, com todos os elementos que criam um bom filme, desde elementos místicos, passando por batalhas sangrentas, a personagens misteriosos e complexos.

Como se tudo isto já não bastasse, eis que é lançado este trailer. I'm speechless.

 

All hail, Macbeth

 

Séries da minha vida #17 Reign

A série de que hoje vos venho falar, Reign, estreou em 2013, e terminou este mês a sua segunda temporada, contando actualmente com 44 episódios e estando já renovada para uma terceira temporada.

Centra-se na vida da rainha da Escócia, Mary Stuart (Adelaine Kane), que viveu durante o século XVI, e que na sua juventude foi viver na França, enquanto aguardava o seu casamento com o príncipe herdeiro Francis (Toby Regbo). Juntamente com as suas damas de companhia, ela terá de se adaptar à vida numa corte cheia de intrigas, esquemas políticos e forças sobrenaturais.

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Reign é uma série que acompanho desde que estreou e que me cativou maioritariamente por ser uma série de época. Sabia de antemão que não ia ser de todo fiel ao período que retrata, pois afinal trata-se de uma série da CW, um canal com conteúdos mais juvenis, e sempre com um toque de fantasia. Apesar disso dei-lhe uma hipótese, até porque também queria uma série que não me “desse muito trabalho”; ou seja, com uma história simples e que fosse fácil de seguir. Deste modo, Reign tem sido até agora o meu guilty pleasure

Como é que vos hei-de descrever esta série? Bem, imaginem as típicas personagens de um teenage drama: a protagonista corajosa e ingénua, as amigas à la Sex and The City, os dois galãs que compõem o triângulo amoroso, e os antagonistas misteriosos. Conseguem? Ok, agora imaginem que os transportavam para a França do século XVI, com direito a um vestuário deslumbrante, mas que mantém muitas das características do século XXI, e que estes personagens retêm ainda a linguagem e comportamentos desse século. Finalmente, acrescentem-lhe seres misteriosos que assombram o castelo onde estes personagens vão viver. Pronto, esta amálgama é Reign.

Com um elenco recheado de caras bonitas e com algum talento, Reign soube criar personagens relativamente interessantes, especialmente o par protagonista, e os seus antagonistas, o casal real Henry e Catherine. Esta última, em particular, é provavelmente a personagem mais complexa e que mais gosto de ver nesta série.

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Com uma história simples e diversos clichés, Reign sobrevive por não se levar muito a sério, e porque acima de tudo proporciona uma fonte de entretenimento fácil e com qualidade. Na minha opinião, a segunda temporada até começou bastante melhor do que a primeira, com episódios com mais reviravoltas e acção, e mais crescimento dos personagens, especialmente de Francis, mas a meio da temporada arriscou uma mudança extrema na protagonista e que a transformou em alguém... insuportável. As restantes personagens mantiveram os seus traços iniciais, mas o meu problema é que aquelas que ainda "aturava" na primeira temporada, começaram a fartar-me imenso nesta segunda. Tanto é que nos últimos episódios cheguei a passar várias partes à frente. E quando eu começo a fazer isto já sei, é sinal de que estou cansada dessa série, de que cheguei ao limite com ela, e de que não vale a pena insistir.

De modo que esta é a minha primeira e última crítica a Reign. Foram apenas dois anos com ela, mas não vou regressar para a terceira temporada. Vou ter pena de abandonar algumas das personagens (Francis, Catherine e Narcisse, I'll miss you), bem como o luxuoso guarda-roupa que me fazia sempre babar, mas considerando todos os contras que pesam contra ela vai ter mesmo de ser. Para além disto, já não acho que faça sentido ver uma série pelas razões pelas quais a iniciei, quando há tantas séries de grande qualidade à minha espera (e filmes! e livros! e etc.).

 

Farewell and goodbye!

 

Classificação 6/10 (tem 7.7 no IMDb)

Adopção

Quem segue o blog sabe que eu (A.) sou uma viciada em séries (bem, a D. também é, mas um bocadinho menos). Como devem ter reparado têm surgido mais posts com críticas a séries, e a razão é porque as séries que acompanhamos estão a chegar ao fim (a maioria delas). 

Para não ficarmos orfãs de série, decidimos adoptar novas: 

 

A

(só vou começar no final de maio, quando apenas me restar Game of Thrones e Penny Dreadful):  

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D

(também só devo começar na mesma altura, quando Game of Thrones for a única série que me resta):  

The Americans - Fargo - Bates Motel Posters.jpg

Já ando para ver The Americans há um tempão, uma série que já conta com três temporadas e que tem tido óptimas críticas, embora passe um pouco despercebida. Relativamente a Fargo, apesar de não ser grande fã do filme, tenho de dar uma hipótese à série, uma vez que esta arrecadou imensos prémios, e também são só 8 episódios. Recentemente vi Psychopelo que já me sinto finalmente em condições de ver Bates Motel, outra série que já ando para ver desde que estreou. Entremeadas com estas séries, existem outras que também vou ver, nomeadamente algumas que deixei a meio e mini séries. Para descobrirem quais são continuem a ler-nos que eu depois dou notícias!

 

Identificam-se mais com quais? 

Têm outras sugestões? 

Séries da minha vida #10 Klondike

Klondike é uma mini série de 6 episódios divididos em três partes, que estreou em Janeiro do ano passado. É a primeira série do canal Discovery Channel deste género, e retrata a corrida ao ouro no final do século XIX à região do Klondike, situada no estado do Yukon, no norte do Canadá. Este período sempre me interessou bastante, porque expôs o Homem a algumas das piores condições ambientais do mundo, e trouxe ao de cima a ganância e a ambição desmedidas, e por conseguinte o desespero e o sofrimento de quando se arrisca tudo e se ganha nada, daí a minha expectativa em ver esta série.

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A história começa quando Bill Haskell (Richard Madden) e Byron Epstein (Augustus Prew), dois grandes amigos, decidem embarcar na aventura das suas vidas e partir à procura de ouro no Klondike, enfrentando para isso as difíceis condições da Natureza nessa região e a perigosa população que aí vive.

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Gostei bastante de assistir a esta série e das personagens que me deu a conhecer e que, infelizmente, só fiquei a saber que tinham realmente existido quando terminei de ver, o que aumentou a minha vontade de saber mais sobre elas. Aliás é aí que reside, a meu ver, o principal problema da série, pois deveria ter pelo menos 10 episódios, de preferência de 1 hora cada um, para que houvesse tempo de desenvolver melhor as personagens, tornando-as mais convincentes, bem como aprofundar as histórias de cada uma. Assim, muitas delas acabaram por funcionar como personagens-tipo que já conhecemos de vários outros produtos. Sendo a primeira série do canal, nota-se ainda algum amadorismo na construção e organização da história, e na edição das várias cenas. Relativamente ao mistério apresentado na primeira parte da série, este consegue até criar algum suspense e mistério, mas a forma como foi trabalhado o seu desfecho também não foi a ideal.

Uma série que recomendo para os que tenham interesse em conhecer um pouco mais sobre esta época da história.

Classificação: 6/10

Neste Dia... 9 de Novembro

Um dos assuntos mais comentados do dia de hoje tem sido a Queda do Muro de Berlim, há precisamente 25 anos. Durante cerca de 28 anos, este muro separou a Alemanha, (e simbolicamente o mundo) em duas, a RDA e a RFA, tendo mais de 60km e estando altamente bem guardado para impedir a passagem de pessoas entre os dois lados, tanto que, se fossem apanhadas a tentar transpo-lo podiam ser mortas. Até hoje não se sabe ao certo o número exacto de pessoas que perderam a vida a tentar escapar de um lado para o outro. Se pensarmos que milhares de famílias e amigos foram separados dos seus, não é difícil imaginarmos o quanto sofreram estas pessoas e o quão importante é esta celebração passado apenas um quarto de século.

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Mas como mais do que palavras são as imagens que mais facilmente nos ficam na memória, sugerimo-vos um filme extremamente interessante de 2003 de nome Good Bye Lenin! que conta a vida de uma família cuja mãe esteve em coma durante vários meses e que perdeu este acontecimento. Devido à sua saúde frágil, o filho decide recriar a Alemanha Oriental em que a mãe viveu. Um filme que tem tanto de dramático como de comédia, com excelentes interpretações e uma belíssima banda sonora.

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Ouçam ainda estas emblemáticas músicas sobre este tema:

 

Neste Dia... 2 de Novembro

Em 1755 nasceu em Viena Marie Antoinette, arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e Navarra. Casada aos 14 anos com o futuro rei Luís XVI e rainha aos 18 anos em 1774, era detestada pela corte e pelo povo. Tornou-se uma das rainhas mais famosas devido às suas extravagâncias em festas, vestidos, penteados e jóias, ao misterioso caso do colar, e ao seu trágico fim: durante a revolução francesa acabou por ser decapitada na guilhotina em 1793 aos 37 anos de idade.

Hoje em dia é uma figura histórica e cultural sobre a qual já foram escritas canções, livros e filmes. Um dos mais conhecidos é o Marie Antoinette de 2006 escrito e realizado por Sofia Coppola com Kirsten Dunst no papel de rainha, tendo recebido o Óscar de Melhor Guarda-Roupa.

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Neste dia... 31 de Outubro

Em 1926 morria o ilusionista e mágico mais famoso do mundo Harry Houdini, aos 52 anos, com uma peritonite causada pela ruptura do seu apêndice, depois de ter sido atingido com murros múltiplas vezes no abdómen sem estar preparado. Nascido em 1874 em Budapeste, na Hungria, e tendo a família emigrado para os Estados Unidos quando tinha 4 anos de idade, desde cedo se interessou pelo ilusionismo. Durante a sua vida desenvolveu esta arte e tornou-se perito em libertar-se de algemas, cofres, camisas de forças, etc.  pondo para isso a sua vida em risco várias vezes. Foi ainda actor e produtor de filmes, piloto de aviões, historiador e desmistificador.

 

O primeiro filme biográfico feito sobre ele é de 1953, e nós optámos por vos sugerir a mais recente adaptação sobre a sua vida, uma mini série de 2 episódios do canal História de nome Houdini de 2014 que tem Adrien Brody a desempenhar o papel principal. Longe de ser uma obra-prima, é uma série aceitável que permite conhecer um pouco da sua biografia e inclusive saber como alguns dos seus famosos truques foram feitos.

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