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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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Chérie, hoje apetece-me ver... Furious 7 (ou a história de como chorei 10 minutos no cinema)

Recentemente fui ver o tão esperado Furious 7 – Velocidade Furiosa 7 – às grandes telas do cinema. A oportunidade de colocar no blog e de partilhar convosco a minha opinião apenas surgiu agora, por isso peço desculpa.

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O sétimo da famosa saga que junta velocidade, acção e uma pitada de crime, saiu em Abril de 2015. Foi escrito por Chris Morgan e dirigido por James Wan. O elenco, claro, já todos conhecemos – Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Ludacris e o mais recente vilão Jason Statham.

Quando se soube da morte irónica de Paul Walker, já se sabia que iria sair um sétimo filme. Disse a mim mesma que não o iria ver, que não faria sentido um filme sem um dos protagonistas. Depois comecei a ler que ele já tinha metade das cenas filmadas e que nas restantes iria ser usada uma tecnologia de computação gráfica, substituindo a cara dele. Comecei a vacilar, pois como fã ávida da saga não podia perder aquele que ameaçava ser o último filme, uma obra cinematográfica póstuma de Paul Walker. Tinha que ver!
Não tive oportunidade de ir à estreia, quando fui já tinha lido imensas críticas, inclusive já sabia como acabava o filme.

Se querem ver mais um filme sobre carros e velocidade desenganem-se, este não cumprirá esse objectivo. Muito centrado no grupo que acompanhamos desde Fast and Furious 4 (no Rio de Janeiro) demostra o poder da amizade e o quanto nos importamos com aqueles que são importantes, os nossos amigos. Assim, Dom Toretto (Vin Diesel) profere uma das frases mais icónicas do filme “I’ve got no friends, I’ve got family”.

Este sétimo filme procura dar sequência ao anterior, em que o vilão Ian Shaw fica às portas da morte. Agora é o irmão mais velho, Deckard Shaw (Jason Statham) que procura vingança contra o grupo que pôs o irmão naquele estado. O primeiro a morrer é Han Lue, em Tóquio, dando agora sentido ao filme The Fast and the Furious: Tokyo Drift. Assim, na sequência, Furious 7 será o quarto filme.

Piruetas que desafiam a gravidade, perseguições a alta velocidade, festas cheias de glamour, tudo o que a saga Fast and Furious já nos habituou. Mas momentos de amizade e cumplicidade nunca vistos nos restantes filmes. É certo que já conheciamos Toretto como um homem de família, mas é neste último filme que vemos o quanto os amigos são importantes para a personagem. Deste modo, Furious 7 acaba também por funcionar como uma despedida e uma homenagem a Paul Walker.

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No final do filme somos presenteados com uma música que leva o espectador a pensar nos seus próprios amigos e na importância deles. A juntar à música, Toretto diz a Brian (Paul Walker):

"I used to say I live my life a quarter mile at a time and I think that's why we were brothers- because you did, too. No matter where you are, whether it's a quarter mile away or half way across the world. You'll always be with me... And you'll always be my brother."

E foi assim que chorei nos últimos dez minutos do filme e que por isso para mim tem 8/10.

Chérie, hoje apetece-me ver... Aniki Bobó

Em jeito de homenagem a Manoel de Oliveira, decidimos fazer-vos a crítica da sua primeira longa metragem de ficção – Aniki Bóbó.

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Este filme de 1942 tem o seu argumento baseado no conto de João Rodrigues de Freitas – Os Meninos Milionários.

O filme procura contar as aventuras de vários rapazes de um estrato social baixo, habitantes da zona ribeirinha do Porto. O tempo é de fascismo e opressão, remontando ao regime de Salazar, em plena Segunda Guerra Mundial. O espaço reporta à zona ribeirinha do Porto, onde estas crianças atingem o expoente máximo da sua felicidade.

A história reflecte um triângulo amoroso, entre Teresinha, Carlitos e Eduardo. Carlitos é, por definição, a personagem favorita, aquela de quem mais gostamos, um rapaz alto, sereno, vizinho e apaixonado por Teresinha. O seu melhor amigo é Batatinhas, um rapazito baixote e irrequieto, que nos proporciona momentos hilariantes durante todo o filme. Quanto a Eduardo, é o suposto namorado de Teresinha, exibicionista e sempre a fazer a vida negra a Carlitos, seu rival. De modo a expressar a sua paixão por Teresinha, o herói da história rouba uma boneca que sabe que ela quer, e a história desenrola-se a partir daí. Se contar mais, vou estar a ser spoiler, a acreditem, são 102min muito bem passados.

Manoel de Oliveira procura demonstrar a probreza vivida por estas crianças, mas ainda assim a liberdade que almejam e alcançam. Encontram-se, porém, rodeados de opressão e um regime rígido e autoritário, personificado no polícia e no professor.

 

Aniki Bóbó realça «a paixão de um tímido rapaz por uma rapariga da sua escola, paixão que o fará ultrapassar os limites ensinados pelo mundo adulto (ao roubar uma boneca e viver com a culpa do seu gesto)»

 

Ficam aqui com um excerto do filme, incluindo a música cantada – Aniki Bebé, Aniki Bóbó, passarinho tótó, berimbau, cavaquinho...

 

Classificação: 8/10