Hoje venho falar-vos de um filme que estreou este ano em Julho deste ano em Portugal, e a nível mundial em Janeiro, durante o Festival de Sundance. Por cá recebeu o nome de A Caminho do Oeste, sendo o original Slow West, e marca a estreia nas lides da realização de John Maclean, que é também responsável pelo argumento.
O protagonista desta história é Jay Cavendish (Kodi Smit-McPhee), um rapaz escocês que abandona a sua terra natal numa odisseia em busca da sua amada Rose Ross (Caren Pistorius), que teve de fugir juntamente com o seu pai John (Rory McCann) para o Oeste da América, depois de um terrível crime. Contra todas as expectativas, Jay consegue sobreviver às diversas ameaças que o circundam até que é subitamente abordado por Silas Selleck (Michael Fassbender), e que se dispõem a ajudá-lo a chegar ao seu destino em troca de dinheiro.
A primeira coisa que salta à vista neste filme é a magnífica fotografia: planos cheios de luz transportam-nos até ao Oeste selvagem dos Estados Unidos, sendo alternados com outros bem mais escuros, que dão todo o realce aos personagens. A história do filme é relativamente linear, mas com algumas surpresas pelo caminho que inovam no que podia ser apenas mais um filme de uma-dupla-improvável-mas-que-se-torna-inseparável. Tem um tom maioritariamente dramático e melancólico, mas está recheado de acção nas cenas finais, com uma reviravolta inesperada. Uma das particularidades que mais gostei neste filme foi o facto de apesar de contar uma história triste, conter diversos momentos de humor negro que me fizeram dar umas inesperadas e bem-vindas gargalhadas.
Relativamente ao elenco não há muito a dizer acerca da prestação de Michael Fassbender que não tenha sido já por outros filmes em que o actor participou: é uma vez mais convincente, fidedigno e carismático. O jovem Kodi rouba atenções sempre que está em cena como o apaixonado e ingénuo Jay, com o qual é fácil nos identificarmos.
O filme tem não chega a 1h30m, mas consegue prender a atenção do primeiro ao último instante, e acima de tudo conta uma história interessante, que apesar de situada noutra época, é facilmente relacionável com a nossa, oferecendo-nos tambem uma visão diferente do Oeste selvagem.
Classificação: 8/10