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La Vie en Chérie

Para os apaixonados por moda, cinema, livros e por uma vida doce e divertida

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Noticiário Chérie #4 - Somos o que comemos

Foi através de um grande sururu na blogosfera que descobri que a Sic tinha abordado o tema da alimentação saudável numa Grande Reportagem, sob o nome "Somos o que comemos". 

Apesar de já ter desenvolvido um projecto sobre este tema no secundário, e de ter tido uma cadeira de Nutrição na faculdade, o meu conhecimento é obviamente limitado e muito pequeno, comparativamente com o dos especialistas do assunto. Assim, ao longo da reportagem dei por mim a comparar o meu comportamento alimentar de quando era criança com os dos exemplos apresentados, bem como a analisar o meu de hoje. 

Claramente que o tema da alimentação é o perfeito exemplo de que "é de pequenino que se torce o pepino". Na minha casa, os meus pais sempre me proporcionaram uma alimentação saudável, em que o prato de sopa nunca faltou, ou em sua substituição, uma salada, com produtos muitas vezes naturais graças aos meus avós, e com uma fruta obrigatória no fim de cada refeição, e não uma sobremesa. Tive também a sorte de ter a escola bem perto de casa, o que faz a diferença, pois sempre que almoçava fora, alinhava com os meus amigos numa sandes ou numa fatia de pizza. Tive durante muito tempo o hábito de beber refrigerantes, mas mais tarde decidi deixar de o fazer e hoje só bebo água, e só muito raramente bebo os ditos. Nunca tive grande apetite por doces, porque também nunca me foram incentivados em casa. Pastilhas decidi deixar de as comer este ano, porque não servem absolutamente para nada, e não me lembro da última vez que comi gomas. A fast-food não tem muito lugar na minha dieta, mas por vezes lá vou ao supermercado comprar uma pizza ou uma lasanha já preparadas, ou então uma ida ao McDonald's ou a outro restaurante semelhante. 

Roda dos Alimentos.jpg

Na reportagem, foi alarmante assistir à involução dos portugueses no que diz respeito aos hábitos alimentares saudáveis. A perda do hábito de comer sopa, o não beber água, o consumo de muitos alimentos salgados e açucarados, etc. É triste que nós portugueses, e falo por mim,  não apreciemos o que de tão bom o nosso país tem para nos dar. Com um óptimo clima e terrenos agrícolas, não damos valor à fruta e vegetais cultivados na época própria, e no nosso país. Temos, ainda para mais, um excelente modelo de exemplos alimentares, a Roda dos Alimentos, que é uma forma gráfica simples e eficaz de nos ajudar a comer bem. E temos na nossa base a dieta mediterrânica, até reconhecida pela UNESCO, mas que devia era ser reconhecida por nós!

A Dieta mediterrânica foi reconhecida pela UNESCO como património cultural da humanidade, e pela OMS como um padrão alimentar de excelência, e baseia-se no consumo de produtos frescos de produção local, de acordo com a época do ano. Estes dão-nos os nutrientes de que mais precisamos para aquela época do ano.

 

Foi particularmente interessante que abordassem o facto de que ser-se magro não significa necessariamente estar saudável, e que não serve de desculpa para comermos tudo o que quisermos. Mais importante do que o peso, são os alimentos que consumimos, e o que estes fazem aos nossos órgãos, e os possíveis problemas que acarretarão no futuro. Daí a importância de começar a prestar mais atenção ao que comem as nossas crianças, pois é uma idade sensível e com grande impacto na formação do adulto de amanhã. 

A Nutrição é vista como secundária. Não um fármaco, não é vista como tratamento. E é.

 

Explicaram, e bem, que a maioria das doenças não transmissíveis pode ser tratada através de uma alimentação diversificada e completa, com foco nas frutas e vegetais. E para melhor compreensão mostraram inclusive, que as vantagens dos varios alimentos podem ser agrupadas por cores, o que achei particularmente interessante. 

Acho que a Sic fez um óptimo trabalho com esta reportagem, especialmente ao torná-la interactiva. Para quem, como eu, só ficou a saber dela depois de já ter sido transmitida, foi uma forma de poder vê-la, e de ter acesso a diversos conteúdos interessantes e que respondem às perguntas que o telespectador formula enquando está a ver. A título de exemplo, quando um dos pais falava de que não tinha acesso a informação, surgiu de imediato uma hiperligação com o título "Como obter informação".

Finalmente, que raio de governo temos nós em que, num país em que 61% das pessoas tem excesso de peso e 42% hipertensão, que são logo dois grandes factores para um enfarte ou um AVC, a principal causa de morte em Portugal, se demite da educação das nossas crianças e jovens ao diminuir a carga horária de Educação Física? Nunca ouviram falar de "Mente Sã em Corpo São"? 

Que o Remédio seja o teu Alimento,

E que o Alimento seja o teu Remédio

Hipócrates

Noticiário Chérie #2 Violência Hospitalar

Ultimamente muito se tem falado acerca das urgências dos hospitais e da sua (in)eficácia, especialmente tendo em conta a ocorrência de mortes de doentes enquanto esperavam por atendimento.

A propósito do assunto, soube-se esta semana que o número de agressões a profissionais de saúde quase triplicou em Portugal, no ano passado. 

Este fenómeno não é de agora, mas apenas em 2007 foi criado pela Direcção Geral de Saúde um registo para o número de casos de violência praticados contra estes profissionais. Esta definição de violência abrange os insultos e ameaças, que constituem a maioria, bem como as agressões físicas. Desde esse ano que os números têm vindo a crescer, mas apenas entre 2013 e 2014 se verificou um aumento exponencial do número de casos: se em 2013 tinham sido 202, em 2014 foram 531!

Confesso que esta situação me era desconhecida, apesar de não ser difícil imaginar que, se há violência por parte de crianças e jovens a professores, muito mais há por parte de adultos, principalmente em situações de stress como as vividas em ambiente hospitalar. Mas ainda assim, fiquei deveras surpreendida com estes números e com a violência que se vive no nosso pequeno rectângulo à beira mar plantado.

De acordo com as razões apresentadas pelos especialistas no assunto, o ambiente de crise económica vivido em Portugal, o crescente tempo de espera pelo atendimento e a insatisfação sentida pelos utentes são as principais razões para a explicação destes números. Talvez a maior afluência ao ambiente hospitalar ou a diferente posição dos profissionais de saúde ao problema também tenha alguma influência, com estes a terem mais coragem para registarem as queixas.

“Sempre houve violência, mas agora as pessoas estão mais intransigentes. Estão exasperadas e canalizam a frustração para os enfermeiros, médicos, auxiliares”. Explica um médico.

 

Mas a verdade é que estas razões são insuficientes, pois de acordo com casos apresentados na notícia do Jornal Público, o motivo que leva um utente ou um acompanhante a agredir um profissional de saúde pode ser bem mais fútil: o sexo do seu bebé, por exemplo.

A verdade é que, com razões ou sem razões, a violência é injustificável. E a mim assusta-me esta realidade em que um profissional, ao tentar fazer o seu trabalho o melhor que sabe, se veja perante a situação em que acabe o seu dia inconsciente, após ter ido de encontro uma parede na sequência de uma agressão perpetrada por aqueles para quem trabalha. Que realidade é esta em que vivemos?

Compreendo, e sei por experiência própria, que o tempo de espera numa urgência possa ser das situações mais exasperantes que possamos viver, quer quando estamos nós em perigo, quer quando são aqueles que nos são mais queridos, mas sob forma alguma a violência é solução. Pelo contrário, só vai complicar muito mais a situação.

E acima de tudo, é uma questão de respeito e educação para com os outros, que são seres humanos tal como nós, que também eles vivem situações de stress diariamente no seu emprego e que merecem a nossa compreensão. Infelizmente, vive-se em Portugal uma era de tensão permanente. As pessoas estão revoltadas e têm vindo a acumular muitos problemas resultantes de uma má gestão governamental e institucional. Mas acima de tudo, o que penso estar na raíz do problema é de facto o carácter e educação de cada um. Porque assim como existem muitas pessoas em más condições sócio-económicas que vivem, apesar de tudo, com um sorriso no rosto, também existem outras que pela simples razão de uma situação não lhes correr de feição, descarregam as suas frustrações nos outros.

Os profissionais de saúde mais afectados são os enfermeiros, o que é compreensível, tendo em conta que são estes os mais expostos. Para além das sequelas deixadas pelas agressões sofridas, os profissionais de saúde queixam-se ainda da falta de apoio por parte das administrações dos hospitais na gestão dos casos, e na falta de prevenção. Apesar disso, verifica-se já a existência de linhas de emergência, de “botões de pânico” ligados à PSP em alguns hospitais. Foi nos centros de saúde que se verificou o maior número de casos, e nos hospitais, dentro das urgências e nos serviços de psiquiatria. 

Se me leram até aqui, talvez tenham ficado estupefactos como eu com esta realidade, e acima de tudo com este povo conhecido por ser "de brandos costumes", mas que vai na volta e é tão violento como qualquer outro. Repito-me: "Que realidade é esta em que vivemos?". 

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10 Filmes | VIH-SIDA

No âmbito do dia 1 de Dezembro, Dia Mundial da Luta contra a SIDA, hoje trazemo-vos um conjunto de 10 filmes que estão relacionados ou abordam esta temática e as pessoas infectadas por esta pandemia.

 

Longtime Companion | 1989

O primeiro filme a ser exibido nos cinemas a retratar o assunto da SIDA contava a história de um grupo de amigos, durante o período em que o síndrome foi descoberto, e as alterações que provoca nas suas vidas. Nomeado a um Óscar e vencedor de um Globo de Ouro.

 

And the Band Played On | 1993

Conta a história dos primeiros anos da pandemia durante os seus primeiros anos nos EUA, tendo como protagonistas os cientistas e médicos envolvidos, o governo e a comunidade homossexual. Nomeado a diversos Emmys e dois Globos de Ouro, tem vários actores famosos no elenco.

 

Philadelphia | 1993

O filme que catapultou o tema da SIDA para as linhas da frente no que toca ao cinema, e que conta a história de um homem (Tom Hanks) com SIDA que é despedido por causa da sua condição. Nomeado a cinco Óscares, venceu dois, incluindo o de Melhor Actor.

 

Boys on the Side | 1995

Três mulheres ligadas pelo destino, com condições muito diferentes: Jane (Whoopi Goldberg) é lésbica, Robin (Mary-Louise Parker) tem SIDA e Holly (Drew Barrymore) está grávida. Constitui uma mudança ao apresentar uma mulher infectada.

 

The Cure | 1995

Dexter é um rapazinho que foi infectado com VIH devido a uma transfusão de sangue. Erik é o seu vizinho. Tornam-se amigos e decidem partir à procura de uma cura para Dexter.

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Gia | 1998

Fime biográfico sobre a modelo Gia Carangi, aqui interpretada por Angelina Jolie, que morreu aos 26 anos na sequência de ter contraído VIH, e depois de uma vida boémia. Nomeado a três Globos de Ouro, venceu dois para Melhor Actriz Principal e Melhor Actriz Secundária.

 

Todo sobre mi Madre | 1999

Filme do realizador espanhol Pedro Almodóvar, vencedor do Globo de Ouro e do Óscar para Melhor Filme Estrangeiro, que conta a história de Manuela, uma mãe solteira, do seu filho Esteban e da tragédia que se abate sobre eles.

 

Rent | 2005

Adaptação do musical da Broadway com o mesmo nome, retrata as vidas boémias de várias pessoas que vivem em Nova Iorque, e a sua relação com as drogas, o amor, a sexualidade e a SIDA.

 

Dallas Buyers Club | 2013

O filme que trouxe toda a temática da SIDA de novo à ribalta, e que conta a história biográfica de Ron Woodroof (Matthew McConaughey), um cowboy que descobre ter SIDA e que decide lutar contra tudo e todos pela sua sobrevivência. Nomeado a 6 Óscares, venceu 3, incluindo Melhor Actor Principal e Secundário.

 

The Normal Heart | 2014

Com um elenco recheado de estrelas e vencedor de dois Emmys, retrata o aparecimento da pandemia da SIDA em Nova Iorque entre 1981 e 1984 e a crise subsequente, principalmente entre a comunidade gay.

 

P.S. Não deixem também de ver a mui aclamada mini série Angels in America (2003), vencedora de 5 Globos de Ouro e 11 Emmys.

Neste Dia... 1 de Dezembro

Desde 1988 que no dia de hoje se assinala o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA (Síndrome da Imunodeficência Adquirida), dedicado a divulgar e informar as pessoas acerca desta pandemia, causada pela infecção com o vírus VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana).WAD2014_FB_180x180.png

Em 2013 conheciam-se 35 milhões de pessoas infectadas com este vírus, mas apenas menos de metade, 12.9 milhões, estavam a receber terapia retroviral. Mais chocante ainda é que houve 2 milhões de novas pessoas infectadas a começarem a receber tratamento; ou seja, esta pandemia continua a ser um assunto premente dos dias de hoje.

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O World AIDS Day faz parte de um conjunto de 8 iniciativas mundiais de saúde pública da World Health Organization (WHO) e este ano tem como tema "Close the Gap", cujo objectivo é:

Ending the AIDS epidemic by 2030 is possible, but only by closing the gap between people who have access to HIV prevention, treatment, care and support services and people who are being left behind. Closing the gap means empowering and enabling all people, everywhere, to access the services they need.

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Em Portugal o primeiro caso foi detectado em 1983 e 20% da população acredita que a infecção pode ser transmitida por um simples beijo, entre outras ideias erradas, além de que é o 3º país europeu com maior taxa de novos casos anuais.

Descubram mais factos sobre esta pandemia, consultem o site da campanha, o site do World AIDS Day e vejam alguns dos posters e materiais dedicados ao dia.  

Acima de tudo informem-se! Este não é um assunto dos "outros", cabe a cada um de nós estarmos informados enquanto cidadãos do mundo.